Neste sábado (11), o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, um dos principais cartões-postais de Brasília, comemora 47 anos. Reconhecido como um lugar para lazer, prática esportiva, convivência e lembranças, ele atravessa gerações, continuando a ser um ponto de encontro para famílias, atletas e trabalhadores.
Ao longo de quase cinco décadas, o parque passou por muitas mudanças. Atualmente, sob a administração do Governo do Distrito Federal (GDF), os visitantes e os profissionais que atuam no local contam com mais estruturas e melhor cuidado, mantendo o local como um símbolo da capital.
Dentre as melhorias realizadas estão a instalação de nova cerca, conserto dos brinquedos, iluminação totalmente em LED, remoção de equipamentos velhos, criação de rampas para acessibilidade, reforma do Castelinho, recuperação da Ponte dos Cadeados e reforço na segurança. Banheiros foram reformados e está planejada a construção de um playground inclusivo.
Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer, diz: “São 47 anos de história, convivência e movimento, onde várias gerações aprenderam o valor do esporte, da saúde e da vida ao ar livre.”
Foram feitas reformas para ampliar o acesso, aumentar as pistas para caminhada e ciclovias, além da recuperação das quadras esportivas. O GDF anunciou ainda a volta da Piscina com Ondas, que foi totalmente reformada, incluindo rio lento, piscinas para crianças e espaços para convivência – investimento de R$ 18,2 milhões.
Mais de duas mil árvores foram plantadas com a ajuda da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), substituindo antigos pinheiros que foram retirados por questões de segurança. A Praça Eduardo e Mônica, na área do Estacionamento 10, foi revitalizada, e a academia pública reaberta em junho do ano anterior tornou-se um ponto de encontro gratuito para moradores de todas as idades.
Segundo Renato Junqueira, o Parque da Cidade é o coração do esporte e lazer no Distrito Federal. Ele reforça que manter o parque é uma das maiores responsabilidades da secretaria, pois o espaço é mais que um ponto de encontro, é parte da identidade e do bem-estar da população brasiliense.
Avanços na infraestrutura
Recentemente, o GDF entregou várias reformas para celebrar os 47 anos do parque. Ao invés de shows ou eventos, foram feitos investimentos em equipamentos permanentes para melhorar o conforto e a segurança dos visitantes.
O administrador local explica que priorizaram melhorias como a troca da iluminação para LED e a reforma dos banheiros, que eram as maiores demandas. Segundo ele, a nova iluminação aumentou muito a sensação de segurança, reduzindo em 40% o número de ocorrências nos últimos anos. Ele destaca os desafios comuns de grandes áreas públicas, como furtos de cabos e manutenção geral.
Progresso contínuo
Nos próximos meses, a administração deve focar em padronizar e regular os quiosques, buscando materiais mais sustentáveis e harmonizados com o visual do parque, sem comprometer sua identidade. Também há planos para melhorar a orla do lago, para torná-la mais bonita e reduzir áreas de terra exposta. Todo o trabalho respeita os projetos originais de Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Athos Bulcão e Burle Marx, que são motivo de orgulho para os moradores e mantêm viva a memória do parque.
Memória afetiva
Camila Abreu, radialista de 37 anos, comenta que o parque faz parte da sua vida desde que chegou a Brasília na infância. Ela lembra do pedalinho no laguinho, uma atividade típica de fim de semana, que marcava sua infância. Hoje ela continua frequentando o parque, valorizando o esporte, a saúde e o bem-estar que ele oferece diariamente.
A treinadora de corrida Márcia Rosa, 41 anos, conta que o parque tem presença constante em sua infância, adolescência e vida adulta, onde ela ministra treinos há 13 anos. Para ela, trabalhar no local é um privilégio, pois promove contato com a natureza e um ambiente de bem-estar. Segundo ela, o parque é um espaço onde as pessoas tentam manter o bom humor, com sol, verde e vida, que melhoram o dia a dia.
No aniversário de 47 anos, Márcia destaca as melhorias recentes, especialmente na iluminação, que ajuda quem treina cedo, nas duchas renovadas para usar após o treino, na pista bem dividida para pedestres e ciclistas, promovendo mais segurança e tranquilidade. O novo cercamento também aumentou a sensação de segurança.
Leonardo Nunes, quiropraxista que atua no parque desde 2002, relata que sua pequena casa de madeira se tornou local de trabalho e sustento, onde oferece terapias que complementam a rotina dos frequentadores, ajudando-os a relaxar e evitar lesões.
História
O Parque da Cidade Sarah Kubitschek foi inaugurado em 11 de outubro de 1978, originalmente nomeado Rogério Pithon Farias, em homenagem ao filho do governador da época falecido em acidente. O nome foi alterado para Sarah Kubitschek em 1997, ano que também marcou o fechamento da Piscina com Ondas.
O projeto urbanístico é de Lúcio Costa, com construções de Oscar Niemeyer e Glauco Campelo, azulejos de Athos Bulcão e paisagismo de Burle Marx. Considerado o maior parque urbano da América Latina, possui 420 hectares de área verde.
Antes da criação oficial do parque, a área já abrigava dois parques menores: Ana Lídia, famoso pelo Foguetinho, e Nicolândia, o primeiro parque de diversões de Brasília. Desde então, o Parque da Cidade se firmou como o principal ponto de encontro para os brasilienses, oferecendo quadras, lagos artificiais, pistas de corrida, pedalinhos, centro hípico, kartódromo, aluguel de bicicletas e outras opções de lazer diárias.