Recursos, que seriam destinados a obras nas bases eleitorais, compõem fatia controlada pelas bancadas e foram vetados por Bolsonaro
Em mais um obstáculo para a coordenação política do governo, às voltas com as turbulências da CPI da Covid, deputados e senadores articulam a recomposição de R$ 1,8 bilhão das chamadas emendas de bancada vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro ao sancionar o Orçamento de 2021.
Parlamentares querem destravar os recursos para destiná-los a obras em suas bases eleitorais, de olho na eleição de 2022. A movimentação já vinha ocorrendo antes das revelações sobre o “orçamento paralelo” — relacionado com outra modalidade de emenda, a de relator, cujo repasse privilegiou congressistas alinhados ao Palácio do Planalto.
As emendas de bancada não contemplam apenas aliados do governo, o que torna a derrubada do veto uma pauta com adesão ampla no Congresso. A análise dos vetos passa a emperrar a pauta a partir da semana que vem.