Claudia Roth destacou que a justiça climática é essencial para enfrentar a crise ambiental, enfatizando que o problema vai além do meio ambiente e representa uma injustiça que atinge principalmente os povos e países que menos contribuíram para o aquecimento global, como pequenos Estados insulares e comunidades vulneráveis.
Ela ressaltou que pessoas ao redor do mundo têm buscado os tribunais para garantir o direito a um clima seguro, afirmando que a justiça climática é uma questão de justiça e responsabilidade, não de caridade.
Em relação ao financiamento, Claudia Roth mencionou a necessidade de mais de R$ 310 bilhões anuais para a adaptação das nações em desenvolvimento, comparando com os R$ 26 bilhões efetivamente entregues em 2024, destacando que fechar essa lacuna é investir em vidas e não um custo.
Além disso, ela falou sobre a urgência da discussão sobre vistos e passaportes climáticos para proteger aqueles que são forçados a migrar por causa das mudanças climáticas.
Ilze Brands Kehris, secretária-geral assistente da ONU para Direitos Humanos, ressaltou que a dignidade humana deve guiar os investimentos e esforços na mitigação dos efeitos climáticos, destacando que medidas para proteger ecossistemas e comunidades vulneráveis são prioridades dentro da Meta Global de Adaptação (MGA).
Ela enfatizou que a MGA oferece uma estrutura clara para prevenir riscos climáticos como secas, enchentes e ondas de calor, e que os parlamentos devem incorporar estratégias baseadas em direitos humanos para assegurar adaptação justa e eficiente.
Kehris alertou para a necessidade urgente de adaptar legislações, garantir segurança jurídica e fortalecer a fiscalização orçamentária para garantir recursos destinados às comunidades mais afetadas pelo clima.
Inia Seruiratu, parlamentar de Fiji, país muito vulnerável aos impactos climáticos, destacou a importância do multilateralismo para que países menores tenham acesso justo a financiamentos e tecnologias para enfrentar os desafios da mudança do clima.
Ele afirmou que o compromisso internacional e o papel dos parlamentos em assegurar recursos são essenciais para acompanhar a agenda climática e reforçou a importância de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, medida fundamental para nações insulares como Fiji, Tuvalu e Maldivas.
Abdulla ressaltou que, mesmo investindo uma grande parte do orçamento nacional em adaptação climática, é crucial receber apoio financeiro dos países desenvolvidos para avançar em políticas emergenciais e alcançar a neutralidade de carbono até 2030.
Ele concluiu com um chamado à cooperação internacional, destacando que a sobrevivência das futuras gerações depende de solidariedade global e investimentos concretos para proteger as nações mais vulneráveis.
