Por André Araújo, Rafael Soares e Ana Luiza Ferraz
Diego Lima, que tem paralisia cerebral, é um paratleta do atletismo em cadeira de rodas com 30 anos. Desde jovem, viu no esporte uma chance de crescer e hoje destaca a importância de investir mais no esporte paralímpico.
O esporte acompanhou Diego na escola e agora o ajuda a entrar no mercado de trabalho. Ele está terminando o curso de educação física e quer trabalhar como professor. Em 2023, ele foi convidado para ser vice-presidente da associação de atletas paralímpicos.
Antes de escolher o atletismo, Diego experimentou outros esportes como vôlei sentado, tênis e basquete em cadeira de rodas. Ele escolheu o atletismo porque é um esporte que depende só do atleta para vencer. “É um esporte que depende só de você.”
“Conheci o esporte paralímpico por um jogador de basquete. Como o basquete tem muitos atletas adultos e eu era criança, testei o atletismo em cadeira de rodas e gostei.”
Acesso
Quando começou, Diego morava em Planaltina e o paratletismo só existia na Asa Sul, no CIEF, um lugar distante para ele. Agora, com os centros Olímpicos e Paralímpicos nas cidades satélites, ficou mais fácil para os atletas que moram longe acessarem o esporte.
Diego também destaca como as redes sociais ajudam a dar mais visibilidade ao esporte paralímpico. Mesmo sendo de Brasília, o reconhecimento pela internet abre portas para patrocínios no Brasil e fora.
Equipamento
A trajetória de Diego no Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE) mostra que o esporte pode abrir caminho para uma vida melhor para pessoas com deficiência.
“Quando voltei em 2022, usei a cadeira que o CETEFE ofereceu, mas busquei apoio privado para conseguir um equipamento novo por meio de patrocínio. Esse equipamento é caro, um pneu pode até ser motivo para substituir a cadeira.”
Além do dinheiro, falta também profissionais e espaço para os futuros atletas, segundo Diego.
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira