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sexta-feira, 05/09/2025

Paraíba utiliza tecnologia marinha para controlar erosão costeira

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Em Brasília

Um projeto do Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marinhas (Preamar) está sendo desenvolvido para combater a erosão nas praias do litoral da Paraíba, utilizando equipamentos com tecnologia oceanográfica.

Esse problema geológico tem sido agravado pelo aumento do nível do mar e pela ação constante das ondas e correntes, que reduzem a largura das praias ao levar areia embora, colocando em risco as infraestruturas litorâneas.

Após diversas análises técnicas e científicas, uma equipe de pesquisadores criou os Recifes Artificiais de Recrutamento Larval (RAs). Essas estruturas ficam submersas no mar e aproveitam a energia presente no ecossistema marinho para acompanhar a evolução da erosão.

Quando instalados, os RAs realizam avaliações oceanográficas para detectar variações sazonais. Eles analisam o movimento do mar em regiões profundas usando ondas sonoras para medir as colunas d’água, baseando-se na direção e intensidade das correntes marinhas.

O equipamento utilizado é o ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler), fundamental para compreender melhor a dinâmica da erosão e planejar a implantação dos RAs. As estruturas são feitas de concreto especial e instaladas em conjuntos de mil unidades em locais previamente selecionados.

“Serão feitas inspeções subaquáticas a cada três meses para verificar a integridade, conservação e posição das estruturas artificiais, bem como os processos sedimentares”, explica o material do projeto Preamar.

O monitoramento marítimo será realizado por no mínimo um ano a fim de analisar detalhadamente como reduzir os impactos da erosão.

Com a implantação dos RAs, as áreas de instalação e os ambientes naturais passarão por mudanças nos padrões de uso, especialmente em relação às atividades turísticas e pesqueiras. O projeto visa restaurar a biodiversidade marinha e apoiar a pesca local.

Na etapa inicial, 14 grupos de RAs e uma área tem temática de mergulho serão instalados em trechos dos municípios de Lucena, Cabedelo, João Pessoa e Conde, em profundidades que variam entre 10 e 50 metros. A escolha dos locais considerou critérios biológicos, físicos e de uso, auxiliados pelo mapeamento com drones.

O Preamar está sendo desenvolvido por meio de uma parceria entre o Governo do Estado da Paraíba, por intermédio da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e outras instituições ambientais colaboradoras.

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