Após países como Argentina e Bolívia, o governo do Paraguai anunciou na quarta-feira (29/10) o aumento do policiamento nas fronteiras com o Brasil. Esta ação visa prevenir a possível fuga de membros do Comando Vermelho (CV) para o território paraguaio.
De acordo com o Conselho Nacional de Segurança do Paraguai, desde quinta-feira (30/10), houve um acréscimo no número de agentes e no patrulhamento de veículos nas áreas de fronteira. Além disso, operações de inteligência foram intensificadas para identificar possíveis suspeitos associados ao CV que possam ter cruzado para o país.
Esse reforço inclui uma vigilância maior nos controles migratórios, monitoramento especial das zonas fronteiriças e uma coordenação conjunta com Brasil e Argentina. O objetivo das autoridades é implementar medidas rigorosas de prevenção e vigilância em toda a faixa de fronteira do leste do Paraguai.
Essa decisão ocorre após a repercussão internacional da maior operação policial já realizada no Rio de Janeiro na terça-feira (28/10), que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
Medidas adotadas por Argentina e Bolívia
Anteriores ao Paraguai, Argentina e Bolívia também adotaram medidas para evitar a entrada de criminosos brasileiros em seus territórios. O governo argentino elevou o alerta nas fronteiras com o Brasil classificando as facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações narcoterroristas.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, declarou que todas as pessoas vindas do Brasil serão submetidas a análises rigorosas, independentemente de antecedentes criminais, com o intuito de garantir segurança sem prejudicar turistas. A facção CV foi incluída no Registro de Pessoas e Entidades Ligadas a Atos de Terrorismo (Repet), lista oficial de ameaças à segurança nacional da Argentina.
Na Bolívia, o presidente eleito Rodrigo Paz solicitou ao governo de Luis Arce que implemente medidas urgentes para impedir a entrada de criminosos do Brasil. Paz enfatizou que o país não pode permitir que organizações criminosas estrangeiras comprometam sua segurança.

