Papa Leão XIV pediu nesta terça-feira (2/12) o fim dos ataques no Líbano, atingido por vários bombardeios de Israel, apesar da trégua com o grupo islâmico Hezbollah que já dura mais de um ano.
Ele afirmou que a luta armada não traz benefícios e que a mediação e o diálogo são o caminho para a paz. Encerrou assim, nesta terça, sua visita ao Líbano, enfatizando a necessidade de rejeitar a vingança e a violência para abrir caminhos para a reconciliação.
Na orla de Beirute, durante uma missa ao ar livre, o papa disse que o Oriente Médio precisa de novas abordagens para a paz duradoura.
Apesar do cessar-fogo estabelecido desde a última guerra sangrenta entre Israel e o Líbano há um ano, a população teme novos conflitos. Durante a visita do papa, os ataques aéreos israelenses estiveram suspensos.
Em um discurso no aeroporto de Beirute, Leão XIV pediu que os ataques cessem, ressaltando que a paz deve ser buscada como um caminho constante e não apenas como um objetivo final.
Recebido com entusiasmo em sua última etapa da primeira viagem internacional, que começou na Turquia, o papa contou com a presença de fiéis de várias regiões do Oriente Médio.
Antes da missa, ele fez uma visita ao local da devastadora explosão no porto de Beirute em 2020, que causou mais de 220 mortes. Apoiou as famílias das vítimas e destacou a necessidade de justiça, mencionando que a investigação está parada por interesses políticos.
Na manhã de terça, Leão XIV visitou um hospital psiquiátrico próximo a Beirute, administrado por religiosas, sendo saudado calorosamente. Ele foi chamado de “pai dos esquecidos e marginalizados” pela madre superiora Marie Makhlouf.
O papa também ressaltou a importância da comunidade cristã no Líbano, pedindo coragem aos cristãos do Oriente Médio, destacando que a Igreja os observa com afeto e admiração.