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quinta-feira, 23/10/2025

Países em desenvolvimento pedem triplicar verba para adaptação climática

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Ana Toni, diretora-executiva da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), afirmou nesta quinta-feira (23) que os países em desenvolvimento querem aumentar o dinheiro para se adaptar às mudanças do clima em três vezes. A presidência brasileira da COP30 divulgou uma carta focada na adaptação.

Segundo Ana Toni, os países com menos recursos pedem que o financiamento para adaptação cresça três vezes mais. Antes, havia uma decisão de dobrar esse financiamento de R$ 20 bilhões para R$ 40 bilhões, mas agora o pedido é para triplicar esse valor.

Ela explicou que o principal desafio é garantir que esse dinheiro chegue e seja usado, pois não é só questão de aumentar o valor. Muitos países em desenvolvimento enfrentam dificuldades para acessar esses recursos, especialmente se forem empréstimos caros do setor privado.

Para resolver isso, a ideia é usar dinheiro público ou financiamentos mais baratos para ajudar esses países a se adaptarem melhor às mudanças climáticas.

Na carta, o presidente designado da COP30, André Corrêa do Lago, destacou que o dinheiro para adaptação ainda é menor do que o gasto para proteger o clima em outras áreas, como a diminuição da poluição.

André Corrêa do Lago comentou que apesar dos compromissos para financiar a adaptação, o valor disponível é menos de um terço do total do financiamento para o clima e isso deixa muitos países vulneráveis. Por causa disso, eles precisam usar recursos limitados da saúde, educação e infraestrutura para lidar com problemas emergenciais causados pelas mudanças do clima.

O documento colocado em destaque quer que a adaptação seja vista como prioridade e parte do progresso humano. Ele ressalta que, globalmente, os países mais ricos conseguem se adaptar melhor, enquanto os mais pobres enfrentam os impactos mais difíceis.

André Corrêa do Lago disse que, para melhorar a adaptação, é preciso uma combinação de estratégias financeiras e uma cooperação internacional mais forte. Ele acrescentou que ouviu várias vezes, em suas viagens, que acelerar o financiamento para a adaptação é fundamental para proteger as comunidades e garantir o desenvolvimento, e que esse financiamento precisa ir além do dobro, podendo até ser triplicado para atender às necessidades urgentes.

Estadão Conteúdo

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