O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) iniciou novamente nesta quinta-feira (28/8) o julgamento de Sebastião Tomé Gomes, de 61 anos, pai do jogador de futebol Felipe Anderson. Ele é acusado de homicídio qualificado após um atropelamento que resultou na morte de duas pessoas em janeiro de 2015, na Quadra Central (QC) 01, em Santa Maria.
Sebastião foi condenado a 14 anos de prisão em 2023, mas a sentença foi anulada pela defesa e, desde então, ele aguarda o julgamento em liberdade. A sessão do Tribunal do Júri começou às 9h30 e, até o fim do dia, não tinha previsão de término.
Segundo a acusação, na madrugada de 12 de janeiro de 2015, por volta das 3h, Sebastião dirigia um Fiat Uno branco e teria atingido de forma intencional uma motocicleta Honda CG Titan pilotada por Bruno Santos da Silva, que tinha 30 anos na época. O motivo seria uma briga envolvendo uma mulher chamada Salmeriza Alves Pugas.
Bruno foi prensado contra a parede de uma casa e morreu no local. O impacto fez com que o carro invadisse a residência, atingindo o quarto onde dormia Noêmia Caldeira Gomes, de 61 anos, que também veio a falecer instantaneamente.
Sebastião foi preso logo após o incidente em 2015, mas liberado quatro dias depois por decisão judicial. Mesmo condenado em 2023, ele recorre em liberdade. Na época do acidente, detido em uma viatura da Polícia Civil do DF, afirmou que não quis invadir a casa e que se confundiu devido a uma bifurcação na pista.
O caso ganhou repercussão no mundo do futebol. Felipe Anderson, que na época jogava pela Lazio, da Itália, preferiu não comentar publicamente, mas, por meio de sua assessoria, deixou claro estar profundamente abalado. Revelado pelo Santos, o meio-campista construiu carreira internacional antes de chegar ao Palmeiras, clube atual, após passagens pelo West Ham (Inglaterra) e Porto (Portugal).