Após ser flagrado apenas de short com a noiva de um fiel na casa paroquial de uma igreja em Nova Maringá, a 392 km de Cuiabá (MT), o padre Luciano Braga Simplício enviou um áudio explicando sua versão sobre o que aconteceu.
“Ela queria trocar de roupa naquele quarto que fica lá fora. Eu falei que tudo bem. Ela perguntou se poderia até tomar banho, e eu disse que sim. Comentei que até teve gente que usou o quarto ontem. Foi isso”, relatou o padre.
Ele também contou: “Quando a festa terminou, ela perguntou comigo: ‘E aí, padre, tá de pé? No quarto lá fora?’ Eu respondi que sim. Ela estava sozinha, o noivo tinha viajado. Então, ela foi comigo de carro. Ficou lá fora enquanto eu ia tomar banho, mexendo no celular e com a cachorra. Enquanto eu estava no banho, ouvi ela gritar: ‘Tem gente, tem gente!’”
Tanto o vídeo quanto a justificativa foram divulgados nas redes sociais.
Detalhes do caso
O flagrante ocorreu no sábado, 11 de outubro, mas as imagens começaram a circular na internet na terça-feira, 14 de outubro.
Padre Luciano Braga Simplício, que administra um perfil no Instagram chamado “Alô, Meu Deus”, com mais de 1.700 seguidores, é responsável por um blog com orações diárias pela manhã na paróquia Nossa Senhora Aparecida.
O noivo da jovem estava viajando quando foi alertado por amigos sobre o encontro entre a noiva e o padre durante a madrugada.
Após a grande repercussão, a noiva do fiel, uma jovem de 21 anos, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de Mato Grosso, que classificou o caso como divulgação indevida de imagens.
Flagrante na casa paroquial
Nas imagens, o pai do noivo grava o momento em que o padre, vestindo apenas um short, aparece na residência paroquial. A mulher, usando baby-doll, tenta se esconder no banheiro enquanto o homem, em tom agressivo, insiste: “Abre a porta! Abre a porta ou a gente derruba!”.
Investigação aberta
A Diocese de Diamantino, em Mato Grosso, iniciou uma investigação para apurar a conduta do padre na terça-feira, 14 de outubro. A Igreja Católica considera grave qualquer quebra do voto de celibato.
Segundo as normas da Igreja, padres do rito latino são proibidos de manter relacionamentos afetivos ou sexuais. Essa violação é considerada uma infração séria que pode comprometer a credibilidade do religioso e o testemunho da Igreja perante a comunidade.
A responsabilidade por apuração e aplicação de eventuais punições cabe ao bispo diocesano, que pode resolver localmente o caso ou encaminhá-lo à Congregação para o Clero, no Vaticano.