Goiânia – Padre César Luís Garcia, da paróquia Mãe de Misericórdia na capital de Goiás, faleceu na noite de sexta-feira (11/7). Conhecido nacionalmente por sua postura progressista, acolhedora e empenhada em causas sociais, ele foi uma figura importante dentro da Igreja Católica.
César faleceu aos 71 anos devido a complicações causadas por um câncer ósseo na região da bacia.
O velório iniciou-se às 7h na paróquia Mãe de Misericórdia. A missa de corpo presente está marcada para as 15h, e o sepultamento acontecerá às 17h no cemitério Jardim das Palmeiras. A paróquia confirmou que será um momento para compartilhamento de conforto e memórias, uma despedida cheia de afeto.
Pesar e manifestações
A Arquidiocese de Goiânia declarou luto. “Agradecemos pela dedicada missão do padre César nesta Igreja de Goiânia e nos unimos em oração, com fé e esperança na ressurreição, confiantes na misericórdia de Deus.”
César Garcia atuou como secretário e assessor internacional durante as gestões dos ex-prefeitos de Goiânia, Nion Albernaz e Iris Rezende, além de ter trabalhado na Controladoria Geral do Estado de Goiás (CGE).
Controvérsia
Em 2014, ele foi afastado temporariamente de suas funções religiosas pelo então arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, após ter realizado uma bênção na casa do casal homossexual Léo Romano e Marcelo Trento. Na ocasião, o padre esclareceu que não promoveu a união homoafetiva nem simulou um casamento, mas fez uma celebração da palavra para abençoar a residência do casal, que já vivia junto há vários anos. Ele usou roupas comuns, sem paramentos religiosos, e classificou a atitude do arcebispo como excessivamente rigorosa. César afirmou que não infringiu nenhuma lei canônica e comunicou previamente sua participação na celebração ao bispo.