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terça-feira, 16/09/2025

Ozônio se recupera e pode se recompor até 2050, diz ONU

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Boa notícia para o planeta: a camada de ozônio está se recuperando e o seu buraco deve desaparecer completamente nas próximas décadas, segundo um recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas, divulgado nesta terça-feira (16/9).

O buraco na camada de ozônio, que surge anualmente sobre a Antártida, foi menor em 2024 em comparação aos anos anteriores. A ONU descreveu isso como “uma notícia científica encorajadora para a saúde das populações e do planeta”.

“Hoje, a camada de ozônio está se curando”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em comunicado. Ele destacou que a camada deve voltar aos níveis da década de 1980 “em meados deste século”. “Esse progresso mostra que, quando os países atendem aos alertas da ciência, avanços são possíveis”, ressaltou Guterres.

A camada de ozônio, localizada entre 11 e 40 km acima da superfície da Terra, tem um papel fundamental, pois ela bloqueia os raios ultravioletas do sol nocivos, que podem provocar câncer de pele, danos ao DNA dos seres vivos e enfraquecimento do sistema imunológico.

Cooperação internacional

Na década de 1970, os clorofluorcarbonetos (CFCs) — gases usados em aerossóis e refrigeradores — foram identificados como os responsáveis principais pela diminuição da camada de ozônio e pela formação dos “buracos”. Um desses buracos surge toda primavera sobre a Antártida, com grandes dimensões.

Embora a redução deste buraco seja parcialmente devido a fatores naturais da atmosfera, a OMM também atribui os avanços à cooperação global, principalmente ao Protocolo de Montreal, de 1987. Esse acordo possibilitou eliminar mais de 99% do uso e produção dos principais produtos químicos que destroem a camada de ozônio, de acordo com a organização.

Segundo as últimas previsões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), se as ações atuais continuarem, os níveis de ozônio de 1980 poderão ser recuperados até 2066 na Antártida, em 2045 no Ártico e a partir de 2040 no restante do planeta.

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