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quinta-feira, 21/11/2024
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OSP: gás de cozinha em refinaria privatizada no Amazonas é o mais caro do país

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Antes da privatização, destaca o OSP, a refinaria amazonense vendia o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo, em média, 0,8% mais barato do que as outras refinarias da estatal

(Marcello Casal/Agência Brasil)

Levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP) mostra que o preço do gás de cozinha vendido pela Refinaria da Amazônia (Ream), antiga Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, é o mais caro do país após a privatização da empresa, há dois meses. Hoje, o preço do botijão da Ream é 37,1% superior ao das refinarias da Petrobras e está 14% acima do cobrado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, também privada.

Antes da privatização, destaca o OSP, a refinaria amazonense vendia o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo (GLP), em média, 0,8% mais barato do que as outras refinarias da estatal. O observatório é mantido pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

“Desde que passou para as mãos da iniciativa privada, em dezembro de 2022, a Ream cobra, em média, 29,5% mais do que as refinarias da Petrobras e 10,4% mais caro do que a refinaria baiana, que opera sob gestão privada da Acelen desde dezembro de 2021”, informa o OSP.
Em janeiro, a Ream vendia em média o metro cúbico de gás liquefeito de petróleo (GLP) a R$ 4,42; Mataripe, a R$ 3,4; e a Petrobras a R$ 3,2.

Consumo cai

O estudo mostra ainda uma queda nacional e regional no consumo de gás de cozinha em 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os meses de janeiro a novembro do ano passado, a venda de botijões de GLP caiu 3,01% no Brasil e 0,65% na Região Norte. Em 2021, o consumo nacional já tinha diminuído em 4,18%, com redução de 2,35% no Norte do país.

“O gás de cozinha é um dos maiores problemas na economia brasileira hoje. Estamos em uma tendência de queda no consumo por conta dos preços altíssimos do botijão. Desde 2021, as famílias vêm substituindo gás de cozinha por lenha em todo o país. Com a privatização da Reman e a decorrente explosão do preço do GLP na região, esse problema se acentuará”, alerta Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

O levantamento do OSP se baseia em dados de preços do GLP vendido às distribuidoras pela Petrobras, Ream e Mataripe. Foram considerados os valores antes da privatização da refinaria amazonense — no período de 1º/3/2022 (data em que a Petrobras passou a disponibilizar o preço de GLP por refinaria) a 30/11/2022 — e após o início da gestão privada, em 1º/12/2022, até hoje, dia 3 de fevereiro.

 

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