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segunda-feira, 29/09/2025




Orbán afirma que Ucrânia não é país soberano e reconhece voo de drones

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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, declarou nesta segunda-feira (29/9) que a Ucrânia não é um Estado soberano, em resposta às alegações de que drones húngaros teriam invadido o espaço aéreo ucraniano. A fala ocorreu após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusar drones de reconhecimento da Hungria terem cruzado a fronteira da Ucrânia.

“Confio nos meus ministros, mas, digamos, (os drones) voaram alguns metros ali, e daí? A Ucrânia não é um país independente, não é um país soberano. Nós apoiamos a Ucrânia, o Ocidente apoia, damos armas — a Ucrânia não deve se comportar como se fosse um Estado soberano”, afirmou Orbán.

Para o premiê húngaro, a perda de cerca de 20% do território ucraniano devido ao conflito com a Rússia indica o fim da soberania da Ucrânia. Atualmente, Moscou controla partes do território ucraniano, incluindo a Crimeia e áreas do Donbass, conquistadas após a invasão de 2022.

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, acusou Orbán de estar influenciado pela propaganda russa e exigiu que a Hungria mostre mais independência em relação ao Kremlin.

Quanto à compra de gás russo, Viktor Orbán, aliado histórico do ex-presidente Donald Trump, reiterou o compromisso de continuar adquirindo petróleo e gás da Rússia, apesar da pressão dos Estados Unidos. Ele ressaltou que, um corte abrupto, causaria um impacto econômico severo no país.

A Hungria argumenta que fatores geográficos e estruturais dificultam a substituição rápida do gás que chega pelo gasoduto Druzhba. Essa posição tem recebido críticas da União Europeia.

A vice-presidente da UE, Kaja Kallas, pediu agilidade na redução da dependência do petróleo russo e criticou países da UE que resistem ao corte, dizendo que são “bons amigos de Trump”.

Mesmo diante da pressão, o chanceler húngaro, Péter Szijjártó, afirmou que a Hungria manterá sua política de compra, que representa uma pequena parcela das exportações russas. O país permanece um dos poucos na União Europeia a depender abertamente do fornecimento energético russo, enquanto outros aliados buscam cortar a fonte financeira do Kremlin para a guerra na Ucrânia.




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