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quarta-feira, 31/12/2025

Oposição reúne assinaturas para criar CPMI do Banco Master

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Em Brasília

A oposição no Congresso Nacional conseguiu, nesta quarta-feira (31/12), as assinaturas necessárias para solicitar a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o Banco Master.

Ao todo, 28 senadores e 177 deputados federais apoiaram o pedido liderado pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). A comissão precisa, entretanto, ser oficializada pelo presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

O pedido destaca a urgência da criação da CPMI para apurar suspeitas de fraudes financeiras complexas relacionadas ao Banco Master, que envolvem perdas estimadas em mais de R$ 12,2 bilhões, riscos ao patrimônio público, impactos sociais e previdenciários, além da possível participação ou conivência de autoridades importantes.

Nas últimas semanas, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master devido a irregularidades graves. O empresário Daniel Vorcaro, proprietário do banco, foi preso em uma operação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em esquema de emissão de títulos falsos, mas posteriormente liberado, permanecendo sob vigilância eletrônica.

O caso ganhou repercussão após revelações sobre um contrato milionário entre o Banco Master e o escritório de advocacia da esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes. A Procuradoria Geral da República (PGR) arquivou o pedido de investigação referente ao ministro, afirmando que não há atos ilícitos no vínculo.

Para que a CPMI possa ser formalmente instalada, o requerimento deve ser lido na sessão conjunta pelo senador Davi Alcolumbre. A comissão proposta prevê a participação inicial de 30 membros, metade senadores e metade deputados, com duração inicial de 180 dias, prorrogável conforme necessidade.

As investigações estão sob sigilo e sob a responsabilidade do ministro do STF Dias Toffoli, que deve conduzir uma acareação entre Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco Regional de Brasília (BRB) e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino Santos.

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