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domingo, 23/11/2025




Oposição ameaça bloquear Orçamento se anistia não for votada

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Em Brasília

A oposição está preparando uma nova obstrução na Câmara dos Deputados em resposta à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou ao Metrópoles que o bloco não aprovará nenhuma proposição, incluindo o Orçamento de 2026, enquanto o projeto de anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro não for discutido em plenário.

Sóstenes também mencionou que buscará diálogo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar dessa questão. A prisão do ex-presidente ocorreu na manhã de sábado (22/11), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A oposição entende que o projeto original de anistia, que era amplo, geral e irrestrito, beneficiaria o ex-presidente.

Esta é a segunda intervenção do grupo oposicionista na Câmara em defesa da anistia. A primeira aconteceu em agosto, quando apoiadores do Bolsonaro promoveram um motim no plenário exigindo a votação do projeto, reagindo à prisão domiciliar do ex-presidente.

Na ocasião, foi estabelecido um acordo para tramitação da anistia. A Câmara aprovou o regime de urgência do projeto, permitindo que ele fosse votado diretamente no plenário. Entretanto, Motta designou a relatoria para o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que alterou o projeto para que ele contemplasse apenas a redução de penas, favorecendo somente os participantes da manifestação.

Com essa modificação, Bolsonaro receberia apenas um desconto na condenação, mas não teria sua prisão anulada. O projeto passou a ser chamado de “PL da Dosimetria”, e até agora não tem previsão de votação. Agora, diante da prisão do ex-presidente, a oposição quer retomar a proposta original para beneficiar o líder da direita.

No âmbito do Congresso, a maior preocupação está relacionada ao Orçamento de 2026. O orçamento do próximo ano precisa ser aprovado até o recesso de dezembro; caso contrário, há risco de congelamento dos investimentos do governo federal e atrasos nos pagamentos das emendas parlamentares, o que poderia impactar negativamente o ano eleitoral.




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