Nikolas Fernandes Soares foi preso nesta terça-feira (28/10) no Rio. Ele é o operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, conhecido como o Doca, um dos líderes principais do Comando Vermelho (CV).
A operação que levou à prisão de Nikolas Fernandes Soares mobilizou cerca de 2.500 policiais civis e militares para cumprir 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão em 26 comunidades, incluindo áreas como o Complexo do Alemão e o Complexo da Penha. A ação continua em andamento.
Durante a operação, bandidos reagiram com tiros e ergueram barricadas em chamas para impedir o avanço das forças policiais. Uma mulher que treinava em uma academia foi ferida e socorrida pelo marido, e outro homem foi baleado enquanto trabalhava em um ferro-velho. A ação conta com a colaboração do Ministério Público Estadual e é fruto de mais de um ano de investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
O foco da operação é capturar líderes criminosos no Rio de Janeiro e outros estados, bem como conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Participaram da ação policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE), além de unidades operacionais da Polícia Militar da capital e da região metropolitana, além da Polícia Civil com agentes especializados em diversas áreas incluindo combate à lavagem de dinheiro e inteligência.
O governador Cláudio Castro declarou: “Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para afirmar que o poder é do Estado. Os verdadeiros donos destes territórios são os cidadãos de bem e trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado.”
A operação contou ainda com apoio tecnológico, como drones, dois helicópteros, 32 veículos blindados e 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM. Em represália, traficantes do Comando Vermelho usaram drones equipados com bombas para atacar policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
