Ação da Polícia Civil, PF e Ministério Público cumpre 29 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão temporária. Segundo investigações, erro em aplicativo permitia que transferência por PIX fosse cancelada e retornasse à conta do usuário.
Uma operação conjunta da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), da Polícia Federal, e do Ministério Público do DF (MPDFT), deflagrada na manhã desta quinta-feira (19), mira um grupo suspeito de fraudes bancárias que movimentaram R$ 2,6 milhões.
Os agentes começaram a cumprir 29 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão temporária. De acordo com as investigações, a fraude ocorria por meio do aplicativo para celulares de uma instituição financeira.
Durante determinado período, a plataforma tinha um erro que permitia que o cancelamento de uma transferência por PIX retornasse ao cliente com crédito de valor idêntico, para a mesma conta usada na operação.
Por isso, segundo os investigadores, os suspeitos agendavam PIX já com a intenção de cancelar, e receber o valor do banco. Após a fraude, a Polícia Civil afirma que o dinheiro era transferido para outras contas ou utilizado para o pagamento de boletos e compras diversas.
A operação desta quinta-feira foi batizada de “Payback” — retorno, em português —, que faz referência ao cálculo feito para que o investimento inicial seja recuperado.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos podem responder por furto mediante fraude eletrônica, com pena de 4 a 8 anos de prisão, e por associação criminosa, que prevê de 1 a 3 anos de reclusão.