Esquema deu prejuízo de cerca de R$ 21 milhões para os cofres públicos.
Sete peritos e dois técnicos do seguro social foram afastados.
Uma operação da Polícia Federal desarticulou nesta quarta-feira (1º) um grupo que fraudava a Previdência Social com auxílio de servidores públicos, advogados e profissionais da área da saúde em São Paulo. As investigações apontam que esquema deu um prejuízo de cerca de R$ 21 milhões para os cofres públicos.
Os 44 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Barueri, Franco da Rocha, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Osasco, Santana de Parnaíba, na capital paulista e em Mongaguá, no litoral.
A Operação Trânsito contou com a participação de 175 policiais federais e seis servidores da Previdência Social.
A pedido da Polícia Federal, nove servidores da Previdência Social, sendo sete peritos e dois técnicos do seguro social, foram afastados de suas atividades.
O nome da ação faz referência ao início das investigações que constatou irregularidades nas perícias médicas na modalidade “trânsito”.
Esta modalidade permite que segurados que estivessem em tratamento fora de seu domicílio pudessem realizar perícias em outras Agências da Previdência Social e, assim, garantir a manutenção de seus benefícios.
Os criminosos aproveitavam desta possibilidade para burlar o agendamento eletrônico e direcionar as perícias ao médico-perito integrante da quadrilha. O grupo fazia requerimentos fraudulentos de benefícios de assistência social e apresentavam laudos médicos falsos para a obtenção de auxílio-doença.
Os investigados devem responder por crimes como corrupção ativa e passiva, estelionato previdenciário, falsificação previdenciária, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e organização criminosa.