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sexta-feira, 20/06/2025




ONU revela que quase 12 mil crianças são mortas ou mutiladas em guerras

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Em Brasília

O último relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em 2024 pelo secretário-geral António Guterres, destaca um aumento de 25% nas graves violações contra crianças em zonas de conflito em comparação a 2023.

Durante este período, foram registradas 4.676 mortes e 7.291 mutilações, totalizando 11.967 vítimas infantis. Além disso, a negação do acesso a ajuda humanitária chegou a 7.906 incidentes, o recrutamento e uso de crianças somou 7.402 casos e o sequestro de menores atingiu 4.573 ocorrências, mostrando um cenário alarmante.

O relatório alerta que as crianças foram vítimas de ataques com munições explosivas, como minas e dispositivos improvisados, além dos impactos do fogo cruzado. Escuelas e hospitais sofreram ataques frequentes, aumentando o risco às crianças. Grupos armados não estatais foram responsáveis por metade das violações, mas as forças governamentais lideraram as ações de violência contra a infância.

Principais regiões afetadas

  • Território Palestino Ocupado: 8.554 violações, principalmente na Faixa de Gaza, que sofre ataques intensos de Israel;
  • República Democrática do Congo: 4.043 violações;
  • Somália: 2.568 violações;
  • Nigéria: 2.436 violações;
  • Haiti: 2.269 violações.

Crescimento preocupante em outros países

Os maiores percentuais de aumento nas violações ocorreram em países como Líbano (545%), Moçambique (525%), Haiti (490%), Etiópia (235%) e Ucrânia (105%).

Violência sexual em alta

Casos de violência sexual contra crianças cresceram 35%, com destaque para estupros coletivos. O abuso é usado como arma de guerra para controlar territórios, deslocar populações e atacar grupos étnicos ou de gênero. O relatório relata sequestros de meninas para recrutamento e escravidão sexual.

Barreiras à ajuda humanitária

A ONU também denuncia a crescente negação do acesso humanitário, com mais mortes de trabalhadores humanitários do que nunca. Grupos em conflito atacaram equipes de ajuda, detiveram pessoal humanitário e impuseram obstáculos burocráticos, deixando muitas crianças sem acesso a serviços essenciais.

Casos em destaque

Palestina e Israel: 8.554 violações graves incluíram assassinatos e detenções de crianças palestinas, além de graves mutilações confirmadas. A Faixa de Gaza sofreu cerco militar e ataques constantes.

República Democrática do Congo: Múltiplos grupos armados estiveram envolvidos em graves violações, incluindo recrutamento forçado e mortes, especialmente na região leste rica em minerais que alimenta o conflito.

Somália: A guerra civil e insurgência do Al-Shabaab provocaram numerosas violações graves, incluindo mortes, mutilações, violência sexual e recrutamento.

Nigéria: Conflitos armados e desigualdade social provocaram violações incluindo o recrutamento e uso de crianças por grupos terroristas, além de violência sexual e mortes.

Haiti: Anos de instabilidade política e violência de gangues resultaram em assassinatos, mutilações, violência sexual e recrutamento infantil, afetando milhares de crianças.




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