A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a chegada do primeiro carregamento de combustível à Faixa de Gaza, contendo 75 mil litros, após mais de 130 dias enfrentando escassez.
No entanto, essa quantidade ainda é insuficiente para suprir a alta demanda local. Christian Lindmeier, porta-voz da agência, ressaltou que, independentemente do volume, o fornecimento não deveria depender de entregas especiais, incluindo alimentos e outros itens essenciais.
É recomendada uma entrega contínua para garantir que as rotas de abastecimento permaneçam abertas, beneficiando ambulâncias, hospitais, usinas de dessalinização, padarias e equipamentos como incubadoras para bebês.
No contexto de crise, o Escritório de Direitos Humanos da ONU comentou a situação das crianças que sofrem com a violência em Gaza. Elas foram vítimas de um ataque mortal a um centro médico em Deir al-Balah, onde uma fila se formava para receber suplementos nutricionais.
Até o momento, quase 800 pessoas perderam a vida enquanto buscavam ajuda. A organização enfatiza a necessidade de desmilitarizar as unidades de saúde, especialmente considerando que 94% dos hospitais foram danificados ou destruídos.
Há uma preocupação crescente do Escritório com os crimes cometidos contra pessoas que fazem fila para obter suprimentos essenciais como alimentos e medicamentos, que têm sido alvo frequente de ataques.
Este ataque específico resultou na morte de pelo menos 15 palestinos, incluindo mulheres e crianças, em uma área gerida pelo grupo humanitário americano Projeto Esperança, parceiro do Unicef.
A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, descreveu a morte de famílias que buscavam ajuda vital como um ato “inconcebível”.
O Exército israelense afirmou que a operação visava localizar um membro do Hamas envolvido nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 em Israel.
O Escritório de Direitos Humanos reforça a importância do respeito aos princípios do direito internacional humanitário, como distinção e proporcionalidade, devido às graves preocupações registradas durante todo o conflito.