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quarta-feira, 29/10/2025

ONU pede fim do embargo dos EUA contra Cuba

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A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou, nesta quinta-feira (29/10), pela 33ª vez, uma resolução solicitando o fim do embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba desde 1960. A medida contou com o apoio de 165 países, com 7 votos contrários e 12 abstenções. A diplomacia cubana classifica o resultado como uma “derrota moral para Washington”.

O chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, líder da delegação cubana em Nova York, descreveu o bloqueio como uma política “brutal e contrária ao direito internacional”. Em seu discurso, ele afirmou que o embargo visa restringir as relações comerciais e representa uma agressão sistemática contra o povo cubano.

Rodríguez também criticou o representante dos EUA na ONU, considerando seu pronunciamento como “infame, ameaçador e cínico”, relacionado a grupos anticubanos de Miami.

Embargo econômico

O bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA a Cuba está em vigor há mais de 60 anos. Em junho, o presidente Donald Trump endureceu as sanções e proibiu o turismo norte-americano na ilha, o que tem sido apontado por Havana como causa principal da escassez enfrentada pela população.

Na semana passada, o chanceler cubano afirmou que o governo Trump exerce “forte pressão e chantagem” em países especialmente na Europa e América Latina para evitar votos contra o embargo. O relatório cubano apresentado na ONU aponta danos superiores a US$ 7,5 bilhões apenas no último ano.

Apoio e condenação à política dos EUA

A resolução foi aprovada em um contexto de tensões internacionais, com a maioria dos membros defendendo a soberania nacional e a não interferência em assuntos internos.

Votaram contra os países: Estados Unidos, Israel, Paraguai, Hungria, Macedônia do Norte, Argentina e Ucrânia. Houve abstenções de Albânia, Marrocos e Polônia.

Reações em Havana

O presidente Miguel Díaz-Canel comemorou nas redes sociais, afirmando que “Cuba, digna e resiliente, superou o bloqueio genocida de seis décadas”. Criticou as pressões dos EUA e declarou que “o mundo apoiou Cuba pela vida”.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba informou que as manobras americanas não alteraram o veredicto, reafirmando que o bloqueio é uma arma de agressão inaceitável para a comunidade internacional.

Nas redes sociais, o chanceler Rodríguez reforçou a mensagem: “Nenhuma estratégia baseada em falsidades pode superar a força da verdade que defendemos. O embargo é uma realidade que causa sofrimento imensurável em Cuba. A aprovação massiva desta resolução revela o repúdio mundial a essa política genocida.”

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