A Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu que Israel deve permitir que os palestinos na Faixa de Gaza recebam ajuda humanitária, devido à situação grave na região. O comunicado foi divulgado em 22 de outubro.
Segundo a decisão, Israel, na condição de poder ocupante, tem a responsabilidade de fornecer suporte vital aos palestinos, incluindo alimentos, água, roupas, abrigo, combustível e medicamentos.
Além disso, os juízes da Corte deixaram claro que Israel não deve usar a fome como estratégia de guerra.
O parecer da CIJ não tem força de sentença judicial, o que significa que o governo israelense não é legalmente obrigado a cumprir a determinação.
A manifestação da Corte surge em meio a uma trégua na Faixa de Gaza, em um contexto de incerteza quanto à manutenção da paz na região palestina.
Depois que o cessar-fogo começou, Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária no território, após meses de bloqueios rigorosos que resultaram na morte de palestinos por falta de alimento.
Esse planejamento estava alinhado com a primeira fase da proposta apresentada por Donald Trump, que também inclui o retorno dos reféns do Hamas, a libertação de detidos palestinos e o início da retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
Recentemente, Israel suspendeu novamente o envio de ajuda humanitária por um curto período, alegando que o Hamas teria atacado soldados israelenses em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.