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quarta-feira, 16/07/2025

ONU denuncia segregação de mulheres no Afeganistão

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A Assembleia Geral da ONU declarou nesta segunda-feira (7) a existência de um sistema institucionalizado de segregação e discriminação contra mulheres e meninas imposto pelo governo talibã no Afeganistão. A resolução, aprovada por 116 votos a favor, 2 contra e 12 abstenções, expressa profundo receio pela opressão severa e constante que as mulheres enfrentam naquele país.

O governo talibã implementou medidas que excluem mulheres e meninas, desrespeitando sua dignidade e direitos humanos básicos. A ONU solicita que o Talibã revise rapidamente essas políticas, especialmente as vinculadas à lei de Propagação da Virtude e Prevenção do Vício, que restringem ainda mais as liberdades essenciais das mulheres e dos cidadãos afegãos.

A resolução também valoriza os diálogos de Doha organizados em 2023 pela ONU, que visam melhorar o relacionamento entre a comunidade internacional e as autoridades talibãs, incluindo representantes do governo afegão desde julho de 2024.

Além disso, o documento solicita ao secretário-geral da ONU, António Guterres, a nomeação de um coordenador para promover uma abordagem internacional unificada e estruturada.

Jonathan Shrier, representante dos Estados Unidos, que votaram contra a resolução, criticou o envolvimento com o Talibã, afirmando que, mesmo após quase quatro anos do retorno dos talibãs ao poder, não houve avanços significativos nas condições do Afeganistão. Ele declarou que os EUA não tolerarão mais esta conduta.

Desde a retomada do poder em 2021, os talibãs impuseram uma interpretação rígida da lei islâmica, afetando a população afegã. Recentemente, a Rússia tornou-se o primeiro país a reconhecer oficialmente o governo talibã no Afeganistão.

© Agence France-Presse

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