A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comunicou nesta terça-feira (17/6) que, após exame de imagens de satélite, foram detectados sinais claros de danos nas áreas subterrâneas dedicadas ao enriquecimento de urânio em Natanz, no Irã.
Nos últimos dias, o exército israelense relatou ter atacado centros de comando e instalações subterrâneas no Irã, focando no programa militar e nuclear iraniano.
Contexto da situação
Na quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel lançaram uma ação preventiva contra o programa nuclear do Irã.
O governo de Israel já vinha adotando um discurso mais agressivo contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com dureza a respeito do programa nuclear iraniano.
Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã tem sido fonte de preocupação mundial. Israel, como potência nuclear, enxerga esse progresso como uma ameaça direta.
Apesar da rivalidade histórica entre os países, esse ataque intensificou a instabilidade na região do Oriente Médio.
Segundo a agência, a avaliação foi realizada com base em imagens de satélites de alta resolução colhidas após os ataques recentes.
“A análise contínua das imagens captadas após as ações militares de sexta-feira permitiu à AIEA identificar evidências adicionais de impactos nas salas subterrâneas destinadas ao enriquecimento de urânio em Natanz. Não houve alterações detectadas em Esfahan e Fordow”, declarou a agência pela rede social X.
Escalada militar
Os confrontos entre Israel e Irã continuam no quinto dia da escalada de tensões, com novos ataques iniciados na manhã desta terça-feira.
De acordo com o general de brigada israelense Effie Defrin, cerca de 30 mísseis foram lançados contra o território israelense durante a madrugada.