A circulação dos ônibus em São Paulo voltou ao normal na manhã desta quarta-feira, 10, depois de uma paralisação que durou seis horas e começou na tarde de terça-feira, 9.
De acordo com o SindMotoristas, que representa os motoristas e trabalhadores, a greve aconteceu porque o 13º salário e o vale-refeição das férias, que deveriam ter sido pagos esta semana, não foram quitados.
Pela manhã, quando os ônibus voltaram a funcionar, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou lentidão de 1 km nas regiões norte, oeste, centro e leste da cidade, e 2 km de lentidão na zona sul. Durante a greve, São Paulo teve o maior congestionamento de 2025, com a CET indicando 1.486 km de filas às 19h.
Os usuários do sistema de trens também tiveram problemas na terça-feira. As linhas 10-Coral e 13-Jade da CPTM tiveram falhas: a linha 10 andou mais devagar entre Palmeiras-Barra Funda e Luz, e a linha 13 parou nesse trecho.
Nesta quarta-feira, todos os trens do metrô estão funcionando normalmente, embora a Linha 7-Rubi tenha intervalos maiores devido a um problema no sistema de sinalização.
A paralisação envolveu 15 das 32 empresas que operam ônibus em São Paulo. O prefeito Ricardo Nunes pediu à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes e à SPTrans que registrassem boletins de ocorrência contra as empresas que suspenderam o serviço sem aviso prévio.
A Prefeitura afirmou que os repasses às empresas estão em dia e que o pagamento do 13º salário é responsabilidade das concessionárias.
À noite, o prefeito Ricardo Nunes realizou uma reunião urgente para exigir que as empresas voltassem a operar imediatamente. No encontro, ficou acertado que o serviço de ônibus voltaria a funcionar de imediato e que o 13º salário dos motoristas e cobradores será pago até 12 de dezembro, encerrando assim a greve.
Estadão Conteúdo

