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sexta-feira, 22/11/2024
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OMS considera possível aumento ‘significativo’ de casos de zika

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Entidade acredita que vírus pode afetar outras regiões do mundo. OMS citou circulação de mosquitos Aedes na Europa com o início do calor.

  Aedes aegypti, mosquito transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é visto sobre pele  humana em laboratório  (Foto: Luis Robayo/AFP)
Aedes aegypti, mosquito transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela, é visto sobre pele humana em laboratório (Foto: Luis Robayo/AFP)

Com o início na Europa da temporada dos mosquitos, “a possibilidade de uma transmissão local combinada com prováveis transmissões por via sexual poderia provocar um aumento significativo do número de pessoas afetadas pelo zika e das complicações que isto representa”, afirmou a vice-diretora geral da OMS, Marie-Paule Kieny, em uma conferência sobre o tema em Paris.

 “Na medida em que as temperaturas começam a aumentar na Europa (com a aproximação do verão no hemisfério norte), duas espécies de mosquitos Aedes, conhecidas por transmitir o vírus, vão começar a circular”, disse Kieny.

“O mosquito não tem fronteiras”, completou.

Mais de 600 cientistas participam nesta segunda-feira e na terça-feira no Instituto Pasteur de Paris em um colóquio internacional sobre o vírus da Zika, que se mostrou mais inquietante do que se imaginava.

Os cientistas tentam determinar quando tempo o vírus pode permanecer no corpo humano, o grau de risco de transmissão por via sexual e a lista completa de doenças que pode causar.

Também devem falar sobre o vínculo do vírus com a microcefalia, uma patologia que provoca danos cerebrais graves nos recém-nascidos, e com a síndrome Guillain-Barré, que pode provocar paralisia e morte.

A OMS já declarou esta doença uma “emergência de saúde pública de alcance internacional”.

O vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, provoca muitos problemas na América Latina desde 2014, mas também preocupa a Europa, apesar da maioria dos casos da doença ser considerada leve.

Segundo o Instituto Pasteur, 1,5 milhão de casos foram contabilizados no Brasil, principal foco da epidemia.

De três a quatro milhões de casos estão previstos para o continente americano.

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