A origem do vírus voltou ao radar depois que os EUA disseram que o coronavírus saiu de um laboratório chinês
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, nesta sexta-feira, 3, que exigiu dos Estados Unidos e de outros países que compartilhem informações sobre a origem da covid-19, depois de autoridades americanas identificarem o vazamento em um laboratório na China como o início da pandemia.
As origens da covid-19 voltaram a despertar a atenção internacional nos últimos dias.
“Se um país dispõe de informações sobre as origens da pandemia, é essencial que essas informações sejam compartilhadas com a OMS e com a comunidade científica internacional”, frisou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva.
Não se trata de “apontar culpados”, disse ele, mas de permitir “avançar nossa compreensão sobre como a pandemia começou para poder prevenir futuras epidemias e pandemias, para nos prepararmos e responder”.
Esta semana, em entrevista ao canal Fox News, o diretor do FBI (a Polícia Federal americana), Christopher Wray, disse que a origem da covid-19 se deveu, provavelmente, a um “incidente em um laboratório em Wuhan”.
A declaração foi dada dois dias depois de o Departamento de Energia anunciar uma tese similar.
Ao ser questionada sobre o assunto, a diretora da OMS para a resposta à covid-19, Maria Van Kerkhove, relatou que a agência pediu informações a membros da missão dos Estados Unidos em Genebra, além de fazer a mesma solicitação ao próprio Departamento.
“No momento, não temos acesso a esses relatórios, ou a dados que permitam elaborar esses relatórios”, afirmou.