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sábado, 06/09/2025

OMS adiciona novos remédios contra obesidade à lista essencial

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou pela primeira vez, na sexta-feira (5/9), a inclusão de medicamentos modernos para tratar diabetes e obesidade em sua lista de remédios essenciais, que é revista a cada dois anos. Entre as medicações destacam-se a semaglutida — ingrediente ativo dos populares Ozempic e Wegovy, da Novo Nordisk —, além do dulaglutida, liraglutida e tirzepatida, presente no Mounjaro, da Eli Lilly.

Esses fármacos agem no hormônio GLP-1, que controla a produção de insulina e a sensação de saciedade. Embora tenham sido inicialmente desenvolvidos para o tratamento do diabetes tipo 2, mostraram eficácia importante na redução de peso, sendo considerados uma inovação no campo terapêutico, apesar de algumas limitações.

Segundo dados da OMS, mais de 3,7 milhões de pessoas faleceram em 2021 devido a doenças ligadas ao excesso de peso ou obesidade, número maior que o total de mortes por malária, tuberculose e HIV/AIDS somados.

Custo elevado e desafios de acesso

O custo desses tratamentos é alto, podendo ultrapassar US$ 1.000 mensais nos Estados Unidos, o que restringe o acesso especialmente em países com menor renda. A OMS adverte sobre o risco de exclusão das populações mais vulneráveis e defende a produção de versões genéricas para ampliar o alcance desses medicamentos.

Pesquisas indicam que a versão genérica da semaglutida poderia ser produzida na Índia por apenas US$ 4 mensais. O término das patentes em países como Canadá, Índia e China, previsto para 2026, pode ajudar nesse processo.

Benefícios além do diabetes e obesidade

Além de combater o diabetes e a obesidade, esses medicamentos têm apresentado benefícios em outras condições de saúde. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) revelou que pacientes com doenças cardíacas que utilizam esses tratamentos têm 40% menos risco de serem hospitalizados ou morrerem prematuramente.

A OMS estima que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vivem com obesidade e que mais de 800 milhões tinham diabetes em 2022. A organização também incluiu novos remédios contra o câncer em sua lista de medicamentos essenciais.

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