A Organização dos Estados Americanos (OEA) apelou nesta sexta-feira (27) aos seus países membros que ofereçam apoio conforme suas possibilidades à missão de segurança no Haiti, durante a Assembleia-Geral da entidade em Antígua e Barbuda.
O Haiti, considerado o país com menor desenvolvimento econômico nas Américas, enfrenta uma crise política grave e uma escalada de violência promovida por grupos armados, na qual uma força internacional sob comando do Quênia busca restaurar a ordem.
A estabilização do país caribenho é crucial para a região devido aos impactos indiretos, como o aumento do tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e migração ilegal, gerados pela insegurança e dificuldades econômicas locais.
Após negociações intensas, os membros da OEA aprovaram por consenso um projeto de resolução liderado pelo Haiti e pelos Estados Unidos.
O documento incentiva os países a apoiarem a Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS) no Haiti, inclusive por meio do Fundo Fiduciário da ONU, e a fortalecerem as capacidades das forças de segurança haitianas.
Além disso, sugere contribuições materiais e em espécie por meio dos mecanismos já existentes.
O texto solicita que os membros intensifiquem urgentemente seus esforços para resolver a crise profunda enfrentada pelo Haiti.
O ministro das Relações Exteriores haitiano, Jean-Victor Harvel Jean-Baptiste, qualificou a aprovação como um passo fundamental e instou a OEA a agir sem demora.
A falta de avanços na resolução dos problemas no Haiti e também na Venezuela tem causado insatisfação nos Estados Unidos.
O vice-secretário de Estado americano, Christopher Landau, chegou a questionar a relevância da OEA caso não consiga solucionar essas crises.