Milhares de pessoas foram às ruas no último sábado (18/10) nas principais cidades dos Estados Unidos, bem como em capitais da Europa, para participar do movimento No Kings (que significa ‘Não Há Reis’). O protesto é contra as políticas e atitudes do presidente norte-americano Donald Trump.
Os participantes acusam Trump de tentar transformar o país em uma autocracia, um sistema onde o poder absoluto está concentrado nas mãos de um único líder, utilizando as Forças Armadas americanas para esse fim.
O movimento No Kings ganhou destaque em junho, durante a celebração do aniversário do Exército dos EUA. Naquele dia, que coincidia com o aniversário de 79 anos de Trump, mais de dois mil protestos foram registrados.
Os manifestantes afirmam que o governo Trump tem implementado ações que ameaçam os princípios democráticos, incluindo o uso excessivo da força federal, interferências nos estados, desrespeito ao processo legal e políticas migratórias rígidas.
Um dos slogans do movimento é que “ninguém é rei” nos Estados Unidos, fazendo uma crítica à postura de Trump, vista como autoritária e com poder quase monárquico.
Os protestos se estenderam além dos EUA. Em cidades europeias como Londres, Madri, Barcelona e Paris, houve manifestações de apoio, com a participação de americanos residentes no exterior e pessoas locais que simpatizam com a causa. No Canadá, grupos também organizaram protestos em frente às embaixadas americanas.
Em resposta, o governo Trump e seus apoiadores rejeitaram as comparações com monarcas, afirmando que sua autoridade é legítima, baseada em eleições. O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, classificou os protestos como “anti-americanos” e associou-os a grupos radicais.
Em vários estados com maioria republicana, como Texas, governadores mobilizaram a Guarda Nacional antes dos protestos, alegando que a ação era necessária para manter a ordem e a segurança pública.