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sábado, 23/11/2024
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O que é a Aliança para a Prosperidade Econômica das Américas que anunciam os EUA?

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Os governos dos Estados Unidos e de 11 países latino-americanos e caribenhos assinaram uma declaração conjunta inaugurando a aliança regional para “promover o desenvolvimento econômico por meio de cooperação entre os países-membros”. No entanto, as exclusões são impressionantes.

© AP Photo / Gustavo Garello
Poucos dias após a conclusão da VII Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Buenos Aires, em 24 de janeiro de 2023, que definiu padrões para integração regional, com anúncios como da criação de uma moeda comum para as principais potências da América do Sul, como Brasil e Argentina, os Estados Unidos da América (EUA) e outros 11 países da região anunciaram o acordo denominado Aliança para a Prosperidade Econômica das Américas (APEP na sigla em inglês).
Nascida no âmbito da Cúpula das Américas realizada na cidade californiana de Los Angeles, em junho de 2022, e apresentada por meio da declaração conjunta de 27 de janeiro, a APEP busca promover “o bem-estar e a segurança econômica sustentável de nossos povos”.
Barbados, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, México, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai são os países que integram a aliança hemisférica, que pretende “responder às necessidades dos nossos povos através da boa governação que conduz a oportunidades econômicas robustas e a um crescimento econômico sustentável e inclusivo”.
O acordo propiciado pelos EUA, à imagem e semelhança de anteriores projetos hemisféricos norte-americanos como o ALCA de George W. Bush e a Aliança Igualitária de Barack Obama, reconhece “a imparcialidade e a competitividade em mercados abertos” como “essenciais à vitalidade das nossas instituições democráticas e […] à luta contra a corrupção”.

As exclusões são arbitrárias?

A aliança exclui países da região importantes em termos políticos e econômicos, como Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai, no Cone Sul, e do chamado Triângulo Norte da América Central, composto pela Guatemala, El Salvador e Honduras.

“Não sabemos se esta é uma resposta deles pelo CELAC, não sabemos, mas não acontece nada, não acontece absolutamente nada”, disse o vice-chanceler hondurenho, Tony García, ao Hondudiario, referindo-se à exclusão de seu país da aliança. “É apenas mais um fórum”, acrescentou.

“Entendo que Venezuela não esteja incluída, entendo que a Nicarágua também não esteja incluída, ou que a Bolívia não esteja incluída, devido às diferentes posições encontradas que têm, mas o Paraguai é muito impressionante que não esteja incluído. Qual é a razão? Quando ele sempre teve uma relação estreita e hoje em várias oportunidades ouvi o embaixador falar de uma aliança com o Paraguai. É impressionante”, disse o ex-chanceler paraguaio Eladio Loizaga ao jornal La Nación.
Consultado sobre a ausência de 23 dos 35 países da América e do Caribe na APEP, José W. Fernández, subsecretário de Estado para o Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente dos Estados Unidos, disse que “as portas estão abertas”.
“O primeiro é desenvolver um marco que reflita um nível de ambição entre os países parceiros e que logo possam aderir mais países […] que compartilhem nossa visão de um hemisfério mais próspero e mais democrático”, acrescentou.
“Haverá países que não cumpram com isso, mas a grande parte dos nossos vizinhos na América Latina são mais que bem-vindos para fazerem parte”, enfatizou.
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