Os autores do artigo advertem que a Ásia-Pacífico está passando por um momento “bem armado”, tendo países de toda a região aumentado suas capacidades de combate.
“O foco era o comércio. Agora, o medo está se instalando, com a China e os Estados Unidos fechados em uma volátil disputa estratégica e com relações diplomáticas em seu pior momento em 50 anos”, afirma a edição.
“O Japão, após décadas de pacifismo, também está ganhando capacidades ofensivas inigualáveis desde os anos 40 com os mísseis Tomahawk norte-americanos. As autoridades americanas estão tentando acumular um gigantesco estoque de armas em Taiwan para torná-la um ‘porco-espinho’ […] e as Filipinas estão planejando expandir as pistas e portos para abrigar sua maior presença militar americana em décadas.”
Ao mesmo tempo, os autores observam que a China também aumentou suas capacidades militares.
Em particular, o artigo afirma que hoje a China gasta cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,55 trilhão) por ano com suas forças armadas, contra US$ 22 bilhões (R$ 114 bilhões) em 2000. É o segundo maior orçamento de defesa após o dos Estados Unidos de US$ 800 bilhões (R$ 4,15 trilhões).
“A Marinha chinesa já ultrapassou a Marinha dos EUA, alcançando 360 navios de guerra em 2020, em comparação com o total de 297 dos EUA”, cita a edição os dados oficiais norte-americanos.