SÃO PAULO, SP
O prefeito Ricardo Nunes revelou planos para instalar mais câmeras de segurança na região do Capão Redondo, zona sul de São Paulo, devido ao aumento dos casos de roubos na área.
Ele também destacou que investe diariamente R$ 1 milhão para operações extras com policiais militares reforçando o patrulhamento na cidade.
De acordo com o prefeito, atualmente existem 2.227 câmeras do sistema Smart Sampa nessas regiões, e a intenção é dobrar esse número para facilitar o monitoramento e as ações das polícias Civil, Militar e Municipal.
A declaração foi dada durante um seminário na Câmara Municipal, no qual participaram membros da segurança pública e parlamentares, incluindo o deputado federal Paulo Bilynskyj, presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
O evento buscou ouvir demandas e sugestões dos profissionais de segurança, contando com a presença de representantes da Polícia Rodoviária Federal, polícias Civil, Militar, Penal e da Guarda Civil Metropolitana, além da vereadora Sonaira Fernandes.
O prefeito e o deputado elogiaram o programa Smart Sampa pelo uso do reconhecimento facial, mas também criticaram a Defensoria Pública de São Paulo por pedidos contra o uso do monitoramento durante o Carnaval.
Ricardo Nunes defendeu a volta do lacre metálico nas placas de veículos para dificultar falsificações, o que ajudaria a identificar carros roubados ou usados em crimes. Já Paulo Bilynskyj sugeriu que tecnologias semelhantes às usadas em pedágios poderiam ser melhores para a identificação.
Em entrevista, o prefeito criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, alegando que a centralização do governo federal não atende às necessidades locais. Ele comparou com a proposta do governador do Paraná, Ratinho Junior, que sugere legislações estaduais para segurança e assuntos criminais.
O relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça, deputado Mendonça Filho, retirou trecho que dava exclusividade ao governo federal para legislar sobre segurança pública e sistema penitenciário.
Ricardo Nunes espera que o presidente da Câmara, Hugo Motta, não coloque a PEC para votação ainda este ano, afirmando que seria irresponsável e que confia na sensibilidade do deputado para evitar essa decisão.