Ao menos 51 pessoas perderam a vida e outras 1.368 ficaram feridas durante os protestos da Geração Z que derrubaram o governo do Nepal, conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde na sexta-feira, 12 de setembro.
Diante da situação crescente, o primeiro-ministro Khadga Prasad Sharma Oli, de 73 anos, que já comandou o governo em quatro ocasiões, anunciou sua renúncia na terça-feira, 9 de agosto.
Mais de 13,5 mil presos aproveitaram o caos dos protestos para fugir das prisões nepalesas nesta semana. Até quinta-feira, 11 de setembro, mais de 200 fugitivos já haviam sido recapturados. O exército informou que foram detidos 192 presos só na penitenciária de Rajbiraj, no sudeste do país.
Ocorreram confrontos em Ramechhap, a leste de Katmandu, onde o Exército usou fogo que resultou em dois detentos mortos e 12 feridos. As patrulhas fronteiriças indianas também capturaram dezenas de fugitivos tentando entrar no país. Sessenta deles foram entregues às autoridades.
Os protestos começaram na segunda-feira, 8 de setembro, em Katmandu e em outras cidades, motivados pelo descontentamento dos jovens nepaleses com a corrupção, o alto índice de desemprego e a decisão governamental de bloquear as redes sociais.
Na terça-feira, a violência atingiu seu pico com o incêndio da sede do Parlamento, prédios governamentais, um shopping, um hotel Hilton e a sede do principal jornal local, o Kathmandu Post.
Esta crise marca um momento difícil para o país, que enfrenta uma turbulência política e social significativa.