Francisco Lima Neto
Folhapress
Na manhã desta quarta-feira (17), o número de residências sem eletricidade na região metropolitana de São Paulo subiu, atingindo 45.225 endereços.
Na capital paulista, 27.268 clientes estão sem energia. A cidade sofreu com fortes chuvas desde a tarde de terça-feira (16).
Não é possível determinar se todas as interrupções são consequência do ciclone extratropical que atingiu o Sudeste na última quarta-feira (10), causando queda de energia para 2,2 milhões de clientes. Segundo a Enel, os números refletem a situação atual, atualizados a cada meia hora, contendo várias causas possíveis além da chuva.
A concessionária afirmou que já restabeleceu a energia para 99% dos clientes afetados pelo ciclone.
A Enel informou ainda que uma frente fria estará presente nos próximos dias, trazendo chuvas, ventos fortes e descargas elétricas na área de concessão, e que ativou um plano de contingência com reforço nas equipes e atendimento para possíveis ocorrências.
Processo de caducidade
Os governos de Lula, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes estão alinhados na insatisfação contra a Enel, acelerando o processo para cassar a concessão da empresa na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Até esta quarta-feira, será enviado um novo pedido para a Aneel solicitando a cassação da concessão da empresa.
O ministro Alexandre Silveira e o governador paulista farão o envio formal à agência. O prefeito Ricardo Nunes também participará, embora com menor peso jurídico, pois a decisão final cabe à Aneel, que avaliará e poderá recomendar a cassação.
Este alinhamento político intensifica a pressão sobre um processo de caducidade que está parado na agência devido a um pedido de vista até fevereiro. Nos bastidores, espera-se que a suspensão seja encerrada em janeiro devido à forte insatisfação contra a Enel.

