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sexta-feira, 07/11/2025




Novos tratamentos para câncer de mama e reto no SUS

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Em Brasília

PATRÍCIA PASQUINI
FOLHAPRESS

O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de dois novos tratamentos para câncer que vão melhorar a vida e a expectativa dos pacientes com câncer de mama e câncer de reto.

As medidas foram assinadas pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) durante o 26° Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, realizado no Rio de Janeiro de 6 a 8 de novembro, e serão publicadas no Diário Oficial da União.

Um dos avanços é a hormonioterapia com abemaciclibe, que já estava disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para câncer de mama avançado. Agora, ela também será indicada para pessoas com câncer de mama em estágio inicial com alto risco de metástase.

Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, informou que o medicamento será distribuído a partir deste mês de forma descentralizada, permitindo que centros especializados em oncologia em todo o país adquiram o remédio e sejam ressarcidos conforme o valor previsto na portaria.

Ele destacou que a negociação resultou em uma redução do preço, possibilitando disponibilização em todo o Brasil, apesar de o valor exato não ter sido divulgado.

O uso do abemaciclibe ajuda a controlar o avanço do câncer e a manter a doença estável durante o período de tratamento, contribuindo para reduzir a mortalidade por câncer de mama em cinco anos.

O Ministério da Saúde tem um prazo de 180 dias para incluir o medicamento no SUS, contado a partir da publicação da portaria.

Angélica Nogueira, presidente da Sboc, comentou que esses inibidores de ciclina são uma tecnologia usada globalmente e que melhoram significativamente a qualidade e o tempo de vida dos pacientes, além de retardar a necessidade de quimioterapia, o que representa uma melhoria importante no SUS.

O segundo tratamento é a radioablação, que estará disponível a partir de dezembro. Esse procedimento usa radiofrequência para aquecer e eliminar células tumorais e foi aprovado em março de 2024, seguindo parecer da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). A implementação sofreu alguns atrasos devido a questões financeiras.

O procedimento é recomendado para pacientes com metástases no fígado que não podem ser operados, especialmente quando os tumores têm até quatro centímetros.

José Barreto Campello Carvalheira, diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, destaca que esta é uma grande evolução no tratamento do câncer colorretal, possibilitando uma chance de cura quando a cirurgia não é possível.

Ele ressaltou que a radioablação é uma das primeiras técnicas da radiologia intervencionista a ser usada no combate ao câncer.

Angélica Nogueira reforça que essas novas opções de tratamento representam um importante avanço e refletem um esforço conjunto para garantir acesso a terapias que podem transformar a vida de muitos pacientes, buscando reduzir as desigualdades no acesso ao tratamento oncológico.




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