O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), atualizou seu centro cirúrgico com novos equipamentos de laparoscopia. Esta unidade, que é referência para cirurgias de vesícula na saúde pública, agora realiza procedimentos com mais rapidez e segurança. Operações como a retirada da vesícula ou apêndice, que antes levavam mais de uma hora, agora são feitas em cerca de 15 minutos.
Além de ser mais rápido, o maior benefício é para o paciente, que pode ser operado pela manhã e receber alta no mesmo dia. “Este investimento é muito importante para a população. Realizamos cirurgias de vesícula diariamente e agora temos recursos que aumentam nossa capacidade”, explica o cirurgião geral da unidade, Franklin Pereira dos Santos.
Os novos aparelhos também permitem operações mais complexas, como em pacientes obesos, que antes eram limitadas pelo tamanho dos instrumentos. Agora, cirurgias no esôfago para tratar refluxo e hérnia, assim como procedimentos de urologia, são feitas com mais eficiência.
Franklin destaca que a modernização trouxe melhorias na organização. Antes, a equipe conseguia realizar só duas cirurgias por dia, por causa da esterilização dos instrumentos. Com quatro vezes mais conjuntos disponíveis, é possível operar vários pacientes em um só turno. Recentemente, seis pessoas foram operadas e receberam alta em menos de 24 horas.
Hospital de referência na rede pública
O HRSM é o hospital público que mais faz cirurgias de vesícula no Distrito Federal. São cerca de 150 procedimentos de emergência por mês, sendo 50 remoções de vesícula por vídeo (laparoscopia) ou método tradicional. O hospital atende também pacientes de estados vizinhos.
Natalício Morais Marques, 75 anos, morador do Jardim Ingá (GO), esperou mais de um ano para descobrir a causa de fortes dores abdominais. Depois de exames confirmarem pedras na vesícula, foi operado em apenas 20 dias. “Dou nota 10 para toda a equipe. Fui muito bem atendido desde a chegada. Agora só preciso me recuperar”, conta Natalício, que teve alta no dia seguinte à cirurgia.
Para Anderson Rodrigues, gerente-geral do HRSM, os avanços vão além da tecnologia. “Conseguimos diminuir filas e realizar cirurgias rápidas e seguras, permitindo que cada pessoa volte para casa e para a família mais rápido.”
Cleber Monteiro, presidente do IgesDF, ressalta que o investimento mostra a importância da boa gestão dos recursos públicos. “Mostramos que, quando aplicamos recursos de forma eficiente, melhoramos o atendimento, reforçamos a saúde pública, unindo tecnologia, resultados reais e cuidado humano.”
Informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)