A população de Ceilândia foi informada sobre o novo estudo para melhorar o uso e a ocupação do solo na cidade, apresentado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF). Essa proposta traz mudanças nas regras da cidade para incentivar o crescimento econômico, permitindo que mais atividades comerciais, de serviços e residenciais possam funcionar em cerca de três mil terrenos da região.
O estudo foi elaborado pela equipe técnica da Seduh depois de visitas e consultas à comunidade e à Administração Regional. A proposta foi mostrada em uma reunião pública no anfiteatro da Casa do Cantador, onde os moradores puderam fazer sugestões. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz, explicou que o objetivo é entender os desafios de cada parte da cidade para ajudar no desenvolvimento.
Uma das principais mudanças é que 2.100 terrenos poderão receber, além de casas, pequenos comércios como agências dos Correios e empresas de entrega. Outros 35 terrenos em áreas industriais terão atividades complementares permitidas.
Além disso, 500 terrenos em vias mais importantes poderão oferecer novos produtos e serviços, como lojas e escolas de ensino médio e superior, atendendo às necessidades da comunidade local. A subsecretária de Desenvolvimento das Cidades, Letícia Luzardo, destacou que essas áreas são adequadas para negócios maiores, sem causar incômodo para os moradores.
Eduardo Lima, presidente da Associação Comercial de Ceilândia, comentou que é importante criar espaços maiores para negócios que precisam de mais área, como materiais de construção, postos de combustíveis e autopeças, que atualmente enfrentam dificuldades por falta de espaço.
O administrador regional, Dilson Resende, ressaltou que a reunião foi um passo importante para conciliar o crescimento econômico da cidade com o conforto e qualidade de vida da população.
Moradias
O estudo também sugere que em 142 terrenos na Área de Desenvolvimento Econômico do Centro Norte, onde hoje só é permitido comércio, também possam ser construídas moradias simples sobre as lojas, formalizando o uso residencial que já ocorre de forma informal. Letícia Luzardo explicou que essa mudança facilitará que as pessoas morem perto do trabalho, aumentando a vida urbana e o consumo local.
Para a moradora Eliane Costa, essa possibilidade é uma vitória para quem vive na área, pois hoje é difícil conseguir documentos e regularizar a situação.
Mais informações sobre o estudo estão disponíveis no site da Seduh, onde a comunidade pode acompanhar as audiências públicas e o documento usado para ajustar a lei que regula o uso e ocupação do solo.
Próximos passos
As sugestões feitas pela população serão avaliadas e poderão ser incluídas na versão final do estudo. Depois, o documento será discutido pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal e, se aprovado, enviado para análise na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Com informações da Agência Brasília