Gustavo Feliciano tomou posse na manhã desta terça-feira (23/12) como o novo ministro do Turismo, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Ele passa a liderar o ministério após a saída de Celso Sabino, que foi expulso do partido União Brasil no início deste mês.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou da cerimônia de transmissão do cargo, confirmada oficialmente pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) na segunda-feira (22/12). Feliciano foi convidado para o cargo pelo presidente Lula na quinta-feira (18/12), após negociações políticas envolvendo o União Brasil, partido responsável pela indicação para o ministério.
A saída de Sabino foi divulgada ao final da última reunião ministerial na Granja do Torto, onde foi informado que o União Brasil solicitou formalmente a devolução do ministério após a expulsão de Sabino, que permaneceu no posto mesmo após determinação interna do partido que exigia a saída dos seus membros do governo Lula.
Gustavo Feliciano foi indicado pelo União Brasil e teve seu nome aprovado pelo presidente da sigla, Antônio Rueda. A escolha contou ainda com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que comemorou a nomeação do paraibano. “O turismo ganha um líder competente. Quem vem da Paraíba sabe receber, cuidar e apresentar o melhor do Brasil ao mundo”, destacou Motta.
O convite para a nomeação foi oficializado em uma reunião no Palácio do Planalto com a presença de Lula, do líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), do ex-ministro Juscelino Filho (MA), do deputado Damião Feliciano (União-PB), pai do novo ministro, além do próprio Gustavo Feliciano.
Anteriormente secretário de Turismo da Paraíba, Feliciano também atua como um dos coordenadores das bancadas evangélica e negra na Câmara dos Deputados. Sua escolha é interpretada nos bastidores como um gesto do presidente Lula para fortalecer laços com o eleitorado evangélico e reconstruir a relação com setores do União Brasil.
A mudança na liderança do Turismo acontece em meio ao afastamento do União Brasil do governo federal. Em setembro, o partido decidiu, por meio de resolução, que seus filiados deveriam deixar seus cargos na administração federal sob risco de sanções disciplinares. Sabino optou por permanecer no ministério, o que resultou em sua expulsão do partido. Apesar disso, ministros indicados pelo União Brasil que não possuem filiação ao partido, como Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), não foram afetados pela decisão.
Celso Sabino, que pretende candidatar-se ao Senado nas próximas eleições pelo estado do Pará, deixou o governo após semanas de atritos entre o Planalto e a direção nacional do União Brasil.

