A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco informou um novo caso suspeito de intoxicação por consumo de bebida alcoólica adulterada, elevando para quatro o total de casos em investigação no estado.
O caso envolve uma mulher de Olinda que consumiu vodca no dia 26 de agosto. Ela procurou atendimento no dia 29 após apresentar sintomas como náusea, vômito, dor de cabeça e visão embaçada. Atualmente, ela está recebendo cuidados médicos na capital, com estado estável.
Devido aos casos registrados, a prefeitura de Olinda anunciou que vai reforçar a fiscalização durante o evento de pré-Carnaval neste fim de semana.
Fiscalização
No sábado (4), das 8h às 14h, e no domingo (5), das 15h às 21h, equipes da Vigilância Sanitária acompanharão a preparação e o manuseio de bebidas nos estabelecimentos formais e informais da orla e do centro histórico da cidade.
“Esta ação é muito importante, mesmo sem casos registrados em Olinda. Ela ajuda a prevenir a circulação de bebidas adulteradas, protegendo a população de riscos já observados em outras regiões”, afirmou Dejanine Araújo, diretora de Vigilância em Saúde de Olinda.
Casos anteriores
Na semana passada, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária foi informada sobre três casos suspeitos de intoxicação por metanol em homens atendidos no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. Dois deles faleceram e outro perdeu a visão. Os pacientes eram de Lajedo e João Alfredo.
Após a notificação, a agência iniciou ações de fiscalização em distribuidoras de bebidas alcoólicas, e a Secretaria de Saúde vai orientar a população e os órgãos de vigilância para intensificar as inspeções e evitar fraudes.
Nos casos suspeitos, os hospitais notificam as ocorrências e as vigilâncias estaduais conduzem as investigações. Em mortes suspeitas, os corpos são levados ao Instituto Médico-Legal para exames.
As recomendações incluem notificar todos os casos suspeitos aos sistemas oficiais, buscar pessoas que possam ter consumido bebidas da mesma origem, capacitar equipes médicas para o tratamento adequado, e intensificar a fiscalização dos estabelecimentos que vendem bebidas.
Além disso, é importante coletar amostras para análise, interditar lotes suspeitos e promover ações conjuntas com órgãos de defesa do consumidor e segurança pública.