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quarta-feira, 04/12/2024
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Novo ataque russo à energia elétrica da Ucrânia deixa partes de Ternopil sem luz

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Uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas

Uma nova ofensiva noturna de drones russos deixou a cidade de Ternopil, no oeste da Ucrânia, sem eletricidade, informou um oficial militar nesta terça-feira (2), uma semana após os ataques de Moscou cortarem a energia de grande parte da cidade e da região ao redor.

“Trabalhadores de energia e equipes de resgate estão eliminando as consequências do ataque. Estoquem água, carreguem seus telefones”, orientou Serhiy Nadal, chefe do quartel-general regional de defesa em Ternopil, por meio de um canal de mensagens, do Telegram.

A força aérea da Ucrânia informou ter abatido 22 dos 28 drones lançados pela Rússia durante a noite.

Dos 28 dispositivos, dois deixaram o espaço aéreo controlado pelos ucranianos e um se “perdeu”, relataram oficias via Telegram.

Alertas de ataque aéreo sobre a região, da qual o município é o centro administrativo, duraram cerca de duas horas e meia, começando por volta das 23h30 (horário local) na segunda-feira (2).

Uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas nesse novo ataque de drones.

Há uma semana, grande parte da região de Ternopil perdeu energia no maior ataque de drones da Rússia à Ucrânia.

Ternopil fica a cerca de 220 km a leste da Polônia, país membro da OTAN. A região ao redor tinha uma população de mais de um milhão de pessoas antes da invasão russa de fevereiro de 2022, que levou muitos ucranianos para o oeste.

Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.

A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. 

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