O Ministério da Saúde começou a distribuir dois tipos novos de camisinha grátis: uma fina e outra com textura. Esses modelos já podem ser retirados nas unidades de saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal sem precisar apresentar documentos ou quantidade limitada.
Daniela Magalhães, gerente substituta de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, explica que a oferta desses preservativos ajuda a prevenir várias doenças. “Cerca de 60% das pessoas fazem sexo sem camisinha, por isso é importante oferecer opções que incentivem o uso”, afirma.
Como muitas pessoas não gostam do modelo tradicional, a ideia é diversificar para tornar a camisinha mais atraente e incentivar o uso constante, evitando o aumento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
O novo formato também atende queixas principalmente dos jovens, que reclamam do desconforto com a textura dos preservativos convencionais. O farmacêutico Marcus Túlio Batista, da Unidade Básica de Saúde da Asa Sul, comenta que o toque da camisinha interfere na qualidade da relação e pode desmotivar a proteção.
Jovens usam menos camisinha
Estudos recentes confirmam essa tendência. Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde de 2024, feita em vários países europeus, mostrou que o uso de preservativo entre jovens diminuiu: nos meninos, passou de 70% para 61%; nas meninas, de 63% para 57%.
No Brasil, levantamento de 2019 indicou que só 22,8% usam camisinha sempre, 17,1% às vezes e a maioria, 59%, nunca.
Prevenção completa
A distribuição gratuita de preservativos é parte da estratégia da SES-DF para conter o avanço do HIV, aids e outras ISTs como sífilis e hepatites. A secretaria combina medidas biomédicas, comportamentais e sociais fundamentadas em direitos humanos e evidências científicas.
Entre as ações, estão testes rápidos para ISTs, vacinação contra HPV e hepatites, medicamentos retrovirais e profilaxia antes e depois da exposição ao HIV.
Informações fornecidas pela Agência Brasília.