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sábado, 02/08/2025

Nova Rodoviária do Plano Piloto foca em apoio emocional e melhorias

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A Rodoviária do Plano Piloto, principal ponto de trânsito coletivo no Distrito Federal, agora dispõe de um espaço gratuito para apoio psicológico chamado Cantinho do Desabafo. Essa ação foi possível graças a uma parceria entre a Concessionária Catedral e o Projeto HELP, que tem como objetivo prevenir problemas de saúde mental. O apoio é oferecido com atendimento emocional qualificado para passageiros, funcionários e visitantes às terças e quintas-feiras, das 14h30 às 17h, em ciclos de duas semanas. Além disso, a gestão inaugurou a primeira sala multissensorial do terminal, destinada a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes.

Antônio Neto, coordenador do Projeto HELP, comenta que a ideia surgiu para criar locais onde as pessoas se sintam escutadas, principalmente em lugares movimentados. Ele destaca que o projeto já beneficiou milhares de pessoas em várias cidades do país, com ações em estações de metrô, shoppings e escolas. “O HELP – Não te julgo, te ajudo, iniciado em 2018, visa prevenir transtornos como depressão, ansiedade, automutilação e tentativas de suicídio. Diariamente muitas pessoas circulam pela rodoviária e algumas carregam dores invisíveis. Nosso objetivo é oferecer um local para diálogo e evitar que essas dores se agravem”, explicou.

O Cantinho do Desabafo tem recebido respostas positivas. Instalado em uma tenda na plataforma A/B do terminal, o espaço oferece conversa com voluntários preparados para ouvir com empatia. “Muitos chegam com curiosidade e acabam encontrando um lugar para aliviar suas emoções. Também temos apoio online no Instagram @help.fjv, onde voluntários escrevem cartas de mensagens positivas e disponibilizam um contato de WhatsApp para desabafos gratuitos”, relata.

Para a Concessionária Catedral, a existência do Cantinho reforça o compromisso com o cuidado humano, indo além das melhorias físicas. Enrico Capecci, diretor da concessionária, destaca que a criação deste espaço faz parte do plano de tornar a rodoviária um lugar mais acolhedor. “Mais de 700 mil pessoas passam pelo local diariamente, muitas enfrentando desafios pessoais. Queremos que a rodoviária seja não só um ponto de passagem, mas também um ambiente que valorize o cuidado e a escuta”, afirmou.

Além do apoio emocional, a nova gestão investe na modernização do terminal. Uma das grandes novidades é a abertura da primeira sala multissensorial, que oferece estímulos controlados para ajudar pessoas com TEA e outras diferenças neurológicas a se sentirem mais confortáveis, inspirada em modelos usados em aeroportos.

Com dois meses no comando, a Concessionária Catedral também melhorou a infraestrutura, reativando as 12 escadas rolantes que estavam paradas há muito tempo. Esses equipamentos agora contam com manutenção constante e peças de reposição em estoque, o que garante maior durabilidade e agilidade nos reparos. Dois elevadores foram reformados, com planos para modernizar os demais até o final de 2025.

Outras melhorias incluem a instalação de 50 novas telas digitais integradas ao sistema da Semob, que mostram informações em tempo real sobre horários e linhas de ônibus, além da intensificação da limpeza dos banheiros. A concessionária também contratou fiscais de plataforma, facilmente identificáveis por coletes amarelos, para orientar passageiros e ajudar pessoas com dificuldade de locomoção.

A manutenção do terminal foi reforçada com lavagem frequente de pisos, paredes e tetos, além de iniciativas para padronizar as lojas e ampliar os horários de funcionamento. A empresa também desenvolve estudos em parceria com órgãos responsáveis pelo patrimônio para criar futuros terminais do BRT, aumentando a mobilidade do Distrito Federal.

Enrico Capecci destaca que a intenção é melhorar a experiência das pessoas que transitam pelo terminal, unindo uma estrutura moderna e atenção às necessidades sociais. “Queremos que o Cantinho do Desabafo seja um serviço permanente e que a rodoviária seja vista não só como um local de transporte, mas como um espaço de acolhimento e respeito às pessoas”, concluiu.

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