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quarta-feira, 13/08/2025

Nova regra facilita exploração da Petrobras na Margem Equatorial

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Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, está otimista com o avanço da exploração na Margem Equatorial do Brasil. Ela acredita que, após a aprovação da licença do poço Morpho, localizado no bloco FZA-M-59, será mais simples obter autorizações para outros poços, permitindo a descoberta de novas reservas de petróleo na área. A MP do licenciamento ambiental recentemente aprovada pode ajudar a acelerar esse processo.

A Medida Provisória 1.308/25 tornou o licenciamento ambiental mais flexível. Criou a Licença Ambiental Especial (LAE), que agiliza a aprovação de projetos considerados prioritários pelo governo, com algumas mudanças em relação ao projeto inicial.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Sustentabilidade-AP), a aprovação da MP 1.308 vai facilitar a exploração na Margem Equatorial. Ele afirmou em rede social que, respeitando o meio ambiente, a MP permite que obras estratégicas sejam autorizadas após análise dos impactos. Ele destacou que, se a Avaliação Pré-Operacional (APO) for bem-sucedida, a licença de operação será concedida. Para ele, isso vai abrir um novo caminho que mudará a vida da população local.

Além dos seis blocos que a Petrobras já controla na região, mais 10 blocos foram adquiridos em recente leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Espera-se que a Margem Equatorial tenha sucesso como a região vizinha da Guiana e ajude a recuperar as reservas em declínio do pré-sal.

Sonda

A Petrobras está correndo para garantir que o contrato da sonda ODN II, arrendada até outubro e que custa R$ 4,6 milhões por dia, continue válido durante a exploração do poço. Sylvia Anjos manifestou preocupação com o possível fim do contrato, mas está confiante na conclusão da exploração após o Ibama definir a data da APO.

A APO é o último passo antes da licença ambiental. A última avaliação similar na região envolveu mais de mil pessoas e dezenas de veículos e embarcações para simular contenção de vazamentos e proteção da fauna. Foram usados exercícios para localizar e resgatar um objeto flutuante, testando os sistemas de comunicação e resposta da Petrobras. O poço Morpho fica a 170 km da costa do Amapá, perto de Oiapoque.

A sonda ODN II atualmente está em frente a Belém, Pará, e levará cerca de dois dias para chegar ao local. A APO deve durar três a quatro dias, e espera-se que a licença seja concedida logo depois. Na bacia Potiguar, avaliação semelhante ocorreu em setembro de 2023, com a licença concedida em outubro e a descoberta de petróleo em abril de 2024.

A Petrobras planeja perfurar 16 poços exploratórios na Margem Equatorial em cinco anos, com investimento de cerca de US$ 3,1 bilhões para pesquisa e análise do potencial da região. Após as descobertas, a empresa deve aumentar os investimentos para produção na região, previstos no próximo Plano de Negócios para 2026-2030.

Estadão Conteúdo

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