O Exército de Israel anunciou na quarta-feira (26/11) o início de uma ação militar em grande escala contra grupos armados palestinos na parte norte da Cisjordânia. Segundo um comunicado das forças armadas israelenses, o objetivo é impedir que o terrorismo se fortaleça neste território, que está sob ocupação desde 1967.
Militares informaram ao jornal AFP que esta ação não é uma continuação da operação contra terrorismo iniciada em janeiro de 2025, a qual focava principalmente nos campos de refugiados palestinos da região, mas sim uma ação distinta. No entanto, ainda não foram divulgados mais detalhes pelas autoridades.
A violência na Cisjordânia aumentou desde o começo da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, que teve início com um ataque do grupo islâmico palestino contra o sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Desde esse evento, mais de mil palestinos, incluindo combatentes e civis, perderam a vida em confrontos com soldados ou colonos israelenses, segundo levantamento da AFP baseado em dados da Autoridade Palestina.
No mesmo intervalo, pelo menos 43 israelenses, entre civis e militares, foram mortos em ataques palestinos ou em operações militares israelenses, conforme dados oficiais.
Apesar do cessar-fogo vigente em Gaza desde 10 de outubro, os confrontos continuaram na Cisjordânia. O mês de outubro registrou um aumento significativo de ataques por colonos, resultando em vítimas e danos materiais, conforme relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que monitora a região há quase vinte anos.
Em 10 de novembro, um cidadão israelense foi morto e outros três ficaram feridos durante um ataque com faca realizado por dois palestinos, que foram imediatamente abatidos por soldados nas proximidades de Belém, ao sul da Cisjordânia.
Mais um corpo de refém recuperado
Na quarta-feira (26/11), Israel confirmou o recebimento de um dos três últimos corpos de reféns retidos na Faixa de Gaza, entregue no dia anterior pelos grupos Hamas e Jihad Islâmica. O corpo pertence a um cidadão israelense que já foi identificado.
“Após a identificação feita pelo Centro Nacional de Ciências Forenses”, o Exército comunicou à família do refém, Dror Or, que seu ente querido foi repatriado para Israel, conforme comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Dror Or, chef de cozinha e produtor de queijo no Kibutz Beeri — uma das localidades atacadas pelos jihadistas há dois anos — foi assassinado aos 48 anos durante o ataque do Hamas e seus aliados contra Israel, tendo seu corpo levado para a Faixa de Gaza.
Com essa repatriação, restam apenas dois corpos de reféns dos ataques de 7 de outubro em Gaza: um de um cidadão israelense e outro de um cidadão tailandês.
