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segunda-feira, 27/10/2025

Noruega busca ampliar venda de peixe no Brasil

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Em Brasília

ALEX SABINO
FOLHAPRESS

A Noruega, um parceiro comercial antigo do Brasil, quer usar o acordo entre Mercosul e EFTA para aumentar sua presença no mercado brasileiro de pescados, especialmente competindo com o Chile no salmão.

Quase metade do peixe importado pelo Brasil vem do Chile, principalmente salmão. Segundo Marianne Sivertsen Naess, ministra da Pesca da Noruega, o acordo abre novas oportunidades para o salmão norueguês.

Marianne esteve em São Paulo promovendo produtos noruegueses e falando sobre pesca sustentável durante a feira Seafood Show, realizada no Anhembi.

A ideia é competir melhor com o Chile e a China. O mercado do Mercosul é muito importante para a Noruega, principalmente pelo bacalhau seco e salgado, produto que originou a relação comercial entre os países desde 1842.

Com o novo acordo, a Noruega planeja vender também salmão fresco, filés congelados e saithe, um tipo de bacalhau.

Marianne acredita que o salmão será o próximo produto a crescer nas vendas e destaca a produção sustentável.

Em 2024, o Brasil produziu 1,35 milhão de toneladas de pescado, entre pesca e criação controlada de peixes. A tilápia foi a mais produzida na piscicultura.

A importação de pescado aumentou 7,5% no último ano, com o salmão representando 87% do volume.

A ministra expressa interesse em fortalecer a cooperação tecnológica com o Brasil para liderar em sustentabilidade e bem-estar dos peixes.

A Noruega usa um sistema de quotas para equilibrar a pesca e conservar as espécies, enfrentando desafios entre interesses econômicos e científicos.

Com o segundo maior litoral do mundo, a Noruega busca garantir a sustentabilidade para as comunidades que dependem da pesca.

Marianne destaca a importância de seguir os estudos científicos para evitar consequências ruins para a pesca no futuro.

Nos últimos anos, as políticas da Noruega têm priorizado a ação contra mudanças climáticas, com taxas sobre emissões de CO2 e uso de biocombustíveis nas embarcações, visando reduzir as emissões à metade até 2030, em relação a 2005.

A visita de Marianne Sivertsen ao Brasil serviu também para fortalecer a cooperação comercial e tecnológica entre os países.

Além de São Paulo, visitou Santos, que tem o principal porto da América Latina.

Apesar da fama do futebol brasileiro, Marianne prefere destacar a importância da pesca na relação entre os dois países.

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