Fernando de Noronha, conhecido por sua beleza natural, enfrenta desafios estruturais, especialmente na geração de energia para moradores e turistas. Em novembro, iniciou-se uma nova etapa no Programa Mais por Noronha, fruto de uma cooperação entre o Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia (MME), e o Governo de Pernambuco: a implantação da Usina Solar Noronha Verde.
Esta iniciativa representa um avanço significativo na mudança para fontes de energia limpa no arquipélago, situado no meio do Oceano Atlântico. O projeto tem como meta eliminar as emissões de carbono na geração de energia da ilha até o primeiro semestre de 2027.
Segundo a Neoenergia, foram investidos R$ 350 milhões no empreendimento pioneiro no Brasil, que incluirá a instalação de mais de 30 mil painéis solares fotovoltaicos integrados a sistemas avançados de armazenamento por baterias (BESS). Com isso, Noronha se tornará a primeira ilha oceânica habitada da América Latina a atingir esse nível de sustentabilidade, tornando-se um modelo global.
A implantação ocorrerá em duas etapas: a primeira até maio de 2026 e a segunda até o primeiro semestre de 2027. O projeto recebeu aprovação da Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) e do ICMBio, órgão responsável pelas Unidades de Conservação Federal.
De acordo com a Neoenergia, a nova usina solar contará com uma capacidade de geração de 22 MWp e um sistema BESS de 49 MWh, o que corresponde ao consumo de cerca de 9.000 residências no continente. Atualmente, a energia da ilha é gerada pela Usina Tubarão, que utiliza principalmente biodiesel.
Além de reduzir a dependência de combustíveis, o novo sistema deverá diminuir custos e subsídios na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que atualmente é custeada pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para subsidiar a energia gerada localmente.