O presidente do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, criticou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por não apoiar o chamado “PL anti-Oruam”, que visa impedir a contratação de artistas que promovam apologia ao crime com dinheiro público. Em entrevista ao programa Contexto Metrópoles nesta sexta-feira (22/8), Santos classificou Nikolas como um “surfista do modismo na direita”.
Esse projeto, implementado em diferentes versões nas esferas municipais, estaduais e federais, é uma das principais iniciativas do MBL e recebe o nome do artista carioca Oruam, que foi indiciado por sua associação com o grupo criminoso Comando Vermelho. Santos afirmou que Nikolas optou por não apoiar essa proposta para não perder o apoio de um eleitorado brasileiro considerado despreparado e desinformado.
Santos declarou: “Nikolas é um grande surfista do modismo na direita. Ele evita certos assuntos, pois não quer se queimar politicamente. Nunca apoiaria o PL anti-Oruam porque Oruam tem relações com pessoas influentes como o Neymar, e Nikolas deseja manter proximidade com essas figuras. Seu eleitorado é bastante suscetível, então ele se limita a discursos simplistas, criticando o PT e se apresentando como cristão, fazendo um populismo bastante básico.”
Santos, um dos fundadores do MBL, também revelou que o movimento lançará um partido político a tempo das eleições de 2026. O partido, chamado Missão, terá um candidato presidencial no próximo pleito. Apesar das críticas, ele reconheceu o potencial de Nikolas para futuras eleições presidenciais, afirmando que Nikolas se conecta bem com o público evangélico jovem e certamente será um concorrente nas próximas campanhas.