O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste sábado (4/10) a expectativa de que todos os reféns mantidos pelo Hamas em Gaza sejam libertados em breve, nos próximos dias. Esse anúncio foi feito pouco antes do início das negociações de paz no Cairo, mediadas pelo Egito e com apoio dos Estados Unidos.
Netanyahu declarou que o processo está em andamento com total dedicação e espera, com a ajuda divina, poder confirmar o retorno de todos os homens vivos e desaparecidos simultaneamente, com as forças militares israelenses ainda atuando em várias áreas da Faixa de Gaza.
Ele reforçou a mensagem do presidente norte-americano, Donald Trump, alertando o Hamas para não atrasar as negociações. O líder israelense afirmou que Israel concederá alguns dias para avançar nas negociações e não aceitará atrasos na libertação.
As delegações do Hamas e de Israel estão previstas para se encontrar neste domingo (5/10) e na segunda-feira (6/10) para discutir a libertação dos reféns e a situação dos prisioneiros palestinos. Conforme informações da mídia Al-Qahera News, as negociações no Cairo visam organizar as condições para a troca dos detidos, conforme proposta do presidente Donald Trump.
O plano de paz começa focando na liberação dos reféns, com o cessar-fogo dependente da aceitação do acordo por ambas as partes. Após a aceitação pública, todos os reféns, estejam vivos ou mortos, devem ser liberados em até 72 horas, impulsionando as próximas etapas do acordo.
No entanto, o Hamas concordou apenas com dois dos vinte tópicos do documento, solicitando discussão sobre os demais.
Após a libertação dos reféns, o governo de Israel pretende seguir para a segunda fase do plano, que busca o desarmamento do Hamas e a desmilitarização da Faixa de Gaza, de forma diplomática ou militar, segundo Netanyahu.
As negociações contam com a mediação indireta do Catar e do Egito e devem continuar pelos próximos dias, seguindo condicionadas à questão dos reféns.